Stana Katic Brasil

Stana Katic Brasil

[NT: Entrevista traduzida do húngaro. Tentei ao máximo ser fiel ao que foi dito, mas é possível que algumas coisas tenham se perdido na tradução inglês > húngaro > português.]

Por oito anos, ela interpretou uma persistente detetive ao lado de Nathan Fillion, e agora ela volta à televisão em uma produção mais sombria - "Absentia". Nós encontramos Stana Katic e falamos sobre o trabalho no set e o que realmente aconteceu no episódio final de "Castle".

O AXN estreou uma nova série com você no papel principal. Você pode, brevemente, apresentar sua nova personagem e contar o que acontece nessa produção?
Interpreto Emily Byrne, uma agente do FBI que foi sequestrada e declarada morta. Claro que isso aconteceu antes do início da ação de nossa série. No primeiro episódio, Emily é encontrada. Ela foi mantida contra sua vontade e torturada por seis anos. Agora ela é liberada e encontra uma nova realidade: seu marido tem uma nova esposa, e seu filho tem uma nova mulher em sua vida a quem chama de "mãe". Seu pai, por sua vez, ficou muito doente.

Emily é uma mulher durona ou ela está mentalmente quebrada?
Ela, definitivamente, é como uma madeira de lei que pode sobreviver sob as condições mais adversas. Claro, o que mudou em seu mundo, mudou muito, seja para o melhor ou pior - os espectadores terão que avaliar. Eu sei que você logo irá perguntar se ela é como Kate Beckett de "Castle". A resposta é não. Emily é mais real. Ela vive problemas reais que pessoas comuns enfrentam todos os dias. Quando ignoramos a questão do seqüestro, me parece que os espectadores poderão se identificar facilmente com ela. Kate vivia em um mundo imaginário. Os problemas dela não eram reais. "Castle" era uma típica série de entretenimento onde tínhamos um caso a cada episódio. Os problemas dos protagonistas eram só para o entretenimento.

Você disse que você levou muito a sério este projeto.
Sim, porque por baixo de tudo, tentamos mostrar coisas importantes. Eu li muito sobre o comportamento de mulheres que foram mantidas contra a vontade delas por um longo período de tempo, tipo por uma década, e como isso afetou suas psiques. Eu queria reunir a maior quantidade de informações o possível sobre minha personagem para que ela fosse convincente, mas também para que o público soubesse com o que essas mulheres tinham que lidar. Eu li diários de pessoas que sobreviveram à II Guerra Mundial para entender como alguém mantém a sanidade depois de ter visto tanta crueldade por si mesmo. Pelo que essas pessoas queriam viver?

Mas você não sente que Emily é muito parecida com Kate?
No começo eu tive essa impressão, mas então comecei a notar muitas diferenças. Emily é o novo arquétipo de uma heroína feminina. Ela é mãe, esposa, mas também uma guerreira que não vai deixar nada impedir que ela alcance seu objetivo. Gostei que, embora existam muitos homens no elenco, minha personagem é a mais forte. Ela é quem dá o tom. Desta vez, Patrick Heusinger é quem está lá para adicionar a beleza (risos).

Você também enfatizou em nossa conversa que "Absentia" foi o maior desafio de atuação em sua carreira. Por quê?
Pela primeira vez, eu gravei uma série de dez episódios como se fosse um filme. Sem pausa. Eu vivi por alguns meses na Bulgária, durante um severo inverno, tendo que fingir que estava em Boston. Não foi um trabalho fácil. Antes, eu tinha um intervalo entre os episódios. Podia ir para casa, ver a família. Não havia essa possibilidade agora, assim como acontece quando se faz filmes. Você vai para um local e fica lá até terminar. Isso também foi uma vantagem, porque a Bulgária é um país muito bonito, que consegui conhecer graças a isso. Vi como é a sua cultura, experimentei a cozinha, senti como é viver a vida no cotidiano.

A série é sombria?
Ela é sombria e brutal, embora queríamos que todas as cenas de violência fossem perfeitamente justificadas para que o espectador, sentado na frente da TV, não sentisse que eram gratuitas. A violência é uma parte muito importante da nossa história, e não um entretenimento barato.

Notei que você também é a produtora da série. Você governou um pouco o elenco por isso?
Um pouco (risos). Tentei fazer com que todos tivessem as condições de trabalho mais confortáveis para que não prejudicasse a criatividade e o desempenho. Foi um grande desafio assumir a responsabilidade por isso. Mas também é uma grande alegria assistir na televisão os frutos do seu trabalho. Eu também fiz questão de contar uma história legal sobre questões importantes. Eu estava prestando atenção a mais detalhes do que quando eu era apenas uma atriz. Você provavelmente sabe como é ter algo sob seu próprio cuidado. Eu tratava a série como um filme independente criado para a televisão americana, e isso não acontece com muita frequência. Na minha opinião, o cinema independente da atualidade conta as histórias mais interessantes. O tipo que as pessoas querem ver e sentir. Este é um campo para experiências e correr alguns risco. Ninguém está ganhando um salário gordo aqui.

A questão é, o AXN também vê assim?
Eu acho que sim. Eles, afinal, assinaram um contrato conosco (risos).

Finalmente, gostaria que falasse sobre o fim de "Castle". Richard e Kate morrem ou conseguem sobreviver?
Gostaria de acreditar que essa história tenha um final feliz, que eles realmente levem uma vida feliz com filhos. No entanto, me parece que era apenas um sonho e mais o provável seja a primeira opção. No entanto, este é um daqueles fins que deixam em aberto para os fãs interpretarem e escolherem aquele que acharem melhor.

Mas se eles realmente morreram, não seria um final exatamente feliz.
A vida nem sempre é alegre como gostaríamos que fosse!

Confiram a sinopse e as fotos promocionais do próximo episódio de "Absentia," 1.03 "The Emily Show," que irá ao ar em 2 de outubro.

Quando o suspeito de sequestrar de Emily é repentinamente assassinado, todos os sinais apontam que o crime foi cometido por ela. Enquanto Tommy e o chefe da Polícia de Boston acusam Emily, ela e Nick procuram por um agente do FBI que forçou a testemunha a mentir. Para Emily, há ainda a suspeita de que esse agente seja o verdadeiro responsável pelo seu sequestro.

Séries > Absentia > Stills de episódios > 1.03 "The Emily Show"

Fortes emoções e cenas chocantes no primeiro episódio de "Absentia"

AXN apresenta a nova série original da Sony Pictures Television, "Absentia". A estreia mais importante da temporada do canal, a série de 10 episódios é, por um lado, um thriller procedural no qual vemos a caçada por um assassino que tem uma marca registrada terrível - corta as pálpebras de suas vítimas; por outro lado, é um drama familiar onde Emily Bryne, uma agente do FBI que foi mantida refém e torturada por 6 anos, tentando recuperar o amor do seu filho, que agora tem uma madrasta.

Stana Katic interpreta o papel dessa agente do FBI que desaparece ao investigar o caso do assassino em série. Emily é declarada morta, mas após seis anos desaparecida, ela é encontrada em uma cabana deserta. Quando volta para casa, todo o universo que conhecia agora tem outras coordenadas: seu marido casou-se novamente, seu filho não a reconhece mais, seu irmão tenta sobreviver. Num todo, Emily não consegue se lembrar do que aconteceu com ela, e ela cai a um redemoinho que parece não ter fim.

O Cinemagia conversou com Stana Katic ("Castle," "007: Quantum Of Solace") no Festival de Televisão de Monte Carlo, onde o primeiro episódio da série "Absentia" fez sua estreia mundial. O primeiro episódio leva o espectador através de uma enxurrada de emoções - isso porque Stana Katic nos faz simpatizar com sua personagem. Emoções fortes se alternam com sequências de tortura chocantes. Mas nada parece mais doloroso do que reunir esta agente com o filho depois de 6 anos de ausência. Uma série extremamente promissora, se você gosta de emoções na telinha. Aqui está a entrevista dada pela atriz aos leitores da Cinemagia.

O quanto você se envolveu enquanto produtora executiva da série, e como isso te ajudou e atrapalhou na construção da sua personagem?
Eu participei do desenvolvimento da história, escrevendo diálogos e na edição final. Quanto à construção da personagem, não era não era um trabalho solitário, e sim uma colaboração construtiva. Nosso diretor nos guiou através da trajetória da história, foi um processo no qual interagimos com o estúdio, com outros produtores, trabalhamos até os menores detalhes.

Quanto às flutuações de emoções contraditórias pelas quais a personagem passa, como você lidou essa carga emocional? O primeiro episódio foi um turbilhão de emoções. Conte-nos algo sobre trabalhar esse passos de evolução emocional.
Foi muito desafiador, porque filmei os 10 episódios por vez. Então todo dia eu filmava, por exemplo, uma cena no episódio 5, depois uma do episódio 7, outra do 9. Tudo em um dia. Era como se gravássemos três filmes nos 62 dias em que filmamos a primeira temporada. Em uma cena, estávamos no tanque d'água, o tanque de tortura, e a seguir, estávamos correndo pela floresta...

Por que foi feito assim?
Porque precisávamos filmar em certas locações em determinadas datas. Não poderia ser depois. Alguns locais não estavam disponíveis depois. E ainda tinha o inverno para levar em conta.

Isso tornou seu trabalho muito difícil.
Sim, a situação toda foi cansativa. Mas estávamos prontos. Eu gostei. Eu passei um ar de autenticidade à personagem. A melhor parte é que isso é empolgante.

A cena no tanque d'água como uma forma de tortura foi, suponho, a parte mais difícil.
A proximidade emocional da situação e o fato de que esta parte extrema da história precisava ser documentada, pois é algo concreto, fez com que eu precisasse relacionar isso a uma história verdadeira, para entender a sensação disso para algumas pessoas na vida real. Como a tortura afeta a psique? Houve muito diálogo com o diretor, e muita conversa com pessoas que conheciam esses aspectos. Estudamos como as pessoas sobreviveram a situações extremas: situações de guerra e outras.

A cena do tanque d'água tem alguma ligação a um perfil criminal? Ou ela foi escolhida por seu potencial visual?
O que sabemos, a princípio, sobre o assassino é que ela corta os pálpebras das vítimas, e isso é informado na história antes da cena do tanque d'água. Para os investigadores, no entanto, esse tanque d'água é a única conexão com o assassino que eles têm.

Quais características de Emily você descobriu no roteiro e gostou imediatamente, e usou para construir a personagem?
Sua capacidade de sobrevivência. A maneira como ela passou por, e superou, tudo. Essa mulher vive de tudo. E também a maternidade.
Eu falei com um sobrevivente de Auschwitz que passou pelos eventos de lá, que me contou quais as qualidades que se deve ter para sobreviver. Eu também li histórias de gente que mudou o curso da II Guerra Mundial - espiões, soldados, enfermeiras. Todos foram sobreviventes que, diante de uma situação anormal, não se deixaram abater, eles seguiram em frente se tornaram pessoas melhores.

Você mencionou maternidade como um elemento que deu à personagem o poder de sobreviver...
Eu acho que o personagem em si é uma sobrevivente. Ela tem muitos obstáculos a superar. No entanto, o sentimento de parentalidade é muito forte. Como por exemplo, o personagem em "Busca Implacável" ("Taken") que faz de tudo para salvar sua filha. Esses personagens fazem tudo para chegar a seus filhos.

O primeiro episódio aumentou suas expectativas para a série?
Sim. Mas é difícil me manter objetiva. A parte mais legal foi a reação do público. Na estréia mundial do primeiro episódio, no Festival de Televisão de Monte Carlo, vi o público suspirando em algumas cenas, e observando a forma como os personagens reagiam na tela.

Você gosta de assistir seus próprios projetos?
Aprendi a olhar para a personagem no contexto da história como um todo. E eu sei quando fiz jus à história e quando eu poderia ter feito algo melhor. Aqui, fiz meu melhor.

Boston foi filmada na Bulgária...
A cidade não é exatamente uma personagem e sim um plano de fundo, e, de certo modo, não é natural. Tudo em nossa história, de alguma forma, não é natural. Os personagens são um pouco estranhos, a história é um pouco estranha. A Bulgária tem essa beleza, devido à sua natureza ainda intocada - como quando estava no meio de um arbusto de bétulas.

Haverá uma continuação para esta temporada?
Sim, 100%. O roteirista já tem uma direção muito clara para a 2ª temporada.

Maria Feldman poderia ser mais uma assistente de produção, com sua jaqueta e botas lamacentas, mas é a produtora de "Absentia". "A propriedade é propriedade do rei", diz ela em um carregado sotaque israelense, enquanto anda por um bosque. Em Sofia, o rei a quem Feldman se refere é o Simeon, da Bulgária.

A Costa Leste dos Estados Unidos foi recriada para a série, que estreia nesta segunda-feira no AXN Espanha. A vegetação é semelhante e o tempo (ruim) também impera. No meio do bosque, uma cabana. A construção sombria é um dos primeiros cenários que o espectador verá em "Absentia," onde a polícia encontrará Emily Byrne, que foi dads como morta após seu desaparecimento seis anos antes. Esse é o ponto de partida da série que marca o retorno de Stana Katic à televisão após oito temporadas de "Castle".

A estrela aparece em uma pausa das filmagens, com o cabelo molhado e sangue (supostamente artificial) escorrendo pela testa. Katic, além de protagonista, é produtora executiva de "Absentia". O roteiro do episódio piloto, escrito pela jovem Gaia Violo, deu algumas voltas até cair nas mãos da Katic através de seu agente. "Como produtora executiva, provavelmente estou mais atenta aos detalhes do que se estivesse apenas atuando," reconhece a atriz. Quanto à questão da (pouca) sofisticação dos figurinos, ela brinca que é uma história sombria, com pequenos alívios cômicos. Para preparar para sua personagem, Katic pesquisou casos de mulheres submetidas a longos seqüestros. Ela conta isso sentada em um hotel de Sofia, onde recebe a imprensa, preparada como uma estrela (e produtora) em modo total de promoção. "Estamos fazendo um filme independente para a televisão", diz ela com entusiasmo, tendo muito cuidado em não contar maiores detalhes da trama.

Patrick Heusinger, seu marido na série, também não conta spoilers. Para ele, que já teve diversos papéis secundários na televisão, "Absentia" significava a possibilidade de trabalhar com o diretor Oded Ruskin. Depois de ver de uma temporada de False Flag, a série anterior de Ruskin ("Eu só levantei para ir ao trabalho e comer"), Heusinger decidiu que ele precisava trabalhar com ele.

A dobradinha diretor-produtora de False Flag, formada por Ruskin e Maria Feldman, é repetida em "Absentia". Quando eles respondem juntos às perguntas dos jornalistas, eles parecem como uma engrenagem bem calibrada - algo essencial se você tiver que lidar com mais de 60 locações em apenas 62 dias de filmagens de uma temporada de 10 episódios. Para eles, representantes cada vez mais influente da ficção televisiva israelense, "Absentia" é a sua porta de entrada para a ficção televisiva estadunidense. Eles alegam manter o mesmo sistema com o qual produziram False Flag ou, no caso de Feldman, Fauda. Mas agora estão a serviço de uma estrela de televisão internacional sobre quem está (e sabem disso) os olhos do mundo todo. "Absentia" é "a nova série de Stana Katic" e a resposta para a pergunta, "O que Stana fará depois de 'Castle'?" A resposta: colocar um cobertor sobre a cabeça e filmar na Bulgária uma série produzida por ela mesma.

Sua personagem em "Absentia" estava desaparecida há seis anos. No entanto, para uma estrela de TV, 16 meses (o tempo que passou desde o fim de "Castle") pode ser ainda mais longo.

Ela esteve na pele da detetive Kate Beckett em 173 episódios divididos em 8 longos anos, mas "Castle" já terminou e é preciso trocar o disco. "Absentia," seu novo projeto, é o caminho mais curto para deixar o passado para trás.

Os seguintes nomes tem algo em comum: eles tentam virar a página, mas talvez não tenham sucesso, mesmo que tentem por 100 anos. Quem olha o Daniel Radcliffe, imediatamente pensa em Harry Potter (a saga cinematográfica do jovem bruxo acabou em 2011, e desde então ele interpretou uma dúzia de outros personagens, mas ainda assim). O mesmo acontece com Hugh Laurie e seu Dr. House, Jim Parsons e Sheldon Cooper, ou com Matthew Fox e Jack Shephard, da série "Lost". Todos eles são atores talentosos, com uma carreira mais ou menos brilhante nas costas, mas a memória coletiva insistiu em lembrá-los pelo personagens, e não pelas pessoas. Stana Katic (Ontário, Canadá, 1978) agora enfrenta o desafio de fazer com que esqueçam de Kate Beckett, a carismática (à sua maneira) coprotagonista do "Castle". De 2009 a 2016, esteve na pele da, primeiramente, detetive e, em seguida, capitã mais infalível do departamento de polícia de Nova York. Oito longas temporadas, 173 episódios no total que a cada semana eram vistos, em média, por mais de 10 milhões de telespectadores apenas nos EUA. Árdua tarefa que Stana tem pela frente. Muitas pessoas durante muitas horas assistindo a mesma mulher no mesmo papel. É normal que não saibam mais quem é uma e quem é a outra. Ela, apesar desse desdobramento forçado da personalidade, sabe que é uma privilegiada. "Este trabalho me proporciona experiências magníficas. Só posso agradecer por tudo que a profissão me deu", confessa.

Absentia pode ser a série a desfazer a associação Stana/Castle. A primeira produção da Sony Pictures Television Networks, dentro da nova estratégia da multinacional, é um dos lançamentos mais ambiciosos do outono (estreará na Espanha pela AXN em 25 de setembro). A primeira temporada, composta por dez episódios, segue Emily Byrne (Stana Katic), uma agente do FBI especializada em caçar assassinos em série que um dia desaparece sem deixar rastros e é declarada morta. Porém, seis anos depois, ela é encontrada em uma cabana numa floresta. Com vida, é claro. Essa é a boa notícia. A má é que ela não se lembra de nada que aconteceu com ela durante sua ausência, e nem sabe muito bem como ou por onde começar a procurar a pessoa responsável por seu sequestro. "Eu fui associada à 'Castle' por muitos anos. Felizmente, 'Absentia' é completamente diferente do que eu vinha fazendo ultimamente. Cada capítulo do 'Castle' acabava de forma independente. Dessa vez, é o contrário; é como se tivéssemos gravado um filme de ação de longa duração. Seu tom é sombrio e não tem aquele toque divertido que 'Castle' tinha," explica a atriz. Apesar dos pontos comuns que as tramas de "Absentia" e "Homeland" possam ter (também pensamos nisso), Stana prefere manter a distância entre elas: "Eu gosto da idéia porque sou um grande fã do thriller do Showtime, mas prefiro não entrar em comparações ".

Pelo visto, "Absentia" é uma oportunidade perfeita para fechar brechas. De fato, presumimos que ninguém está mais interessado em deixar Kate Beckett no passado do que a própria Stana. Muito foi dito durante a transmissão da 8ª e última temporada de "Castle" sobre o ambiente ruim no set. Segundo boatos, a canadense e seu parceiro Nathan Fillion (Richard Castle) não se entendiam, para não dizer outra coisa. De fato, a inesperada demissão de Stana - causado justamente pela tensão no set - levou ao cancelamento da série, quando a intenção era filmar uma nova temporada. Se você já se perguntou o por que daquele final desajeitado e desconcertante, aqui está sua resposta. Quem sabe, talvez isso fosse parte do grande plano de Stana: enterrar Kate Beckett. Será que ela conseguirá?

Que se inspire em Gillian Anderson...

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Entrevista com Stan Katic, personagem principal da sensacional série "Absentia".

"Absentia" é um thriller ou um drama moral?
Este é um thriller de suspense que não permite que o espectador assista calmamente. Você não consegue relaxar com ele. Quase nenhuma personagem é o que se pensa dela originalmente.
Mas também temos uma história que permite que nos identifiquemos com as personagens, que as compreendamos. Emily tem uma família que está passando por um drama devido ao seu desaparecimento. As cenas envolvendo seu pai, irmão ou marido são muito comoventes. Nós vemos o que acontece com as pessoas quando seu parente moribundo finalmente morre e, de repente, volta à vida depois de anos.

O primeiro episódio é bastante brutal. Eu não esperava isso.
Tentamos justificar convincentemente a violência na tela. Nós não queríamos que fosse gratuita só para entreter o público. Precisávamos de um retrato psicológico profundo de Emily.
Quando pesquisei para o papel, me interessei em todos os casos de sobreviventes, seu estado de espírito. Eu li, por exemplo, testemunhos de sobreviventes da II Guerra Mundial. Eu queria entender como lidar com tamanho trauma, o que especificamente mantém as pessoas vivas em situações extremas. Foi um desafio de atuação interessante.

O maior da sua carreira até o momento?
Certamente, um dos maiores. Nós filmamos 10 episódios simultaneamente. Muitas vezes, passávamos por sets de diferentes episódios em um dia. Para um ator, é algo como fazer três filmes de uma só vez, porque a personagem ao longo da série muda muito.

E o relacionamento dela com outros personagens também muda?
Sim, porque para cada um ela tem uma faceta - é irmã, filha, mãe. Também uma agente. Mas o mais forte e o mais difícil, é claro, é o relacionamento entre Emily e seu filho. Ele combina o amor incondicional deles, que floresce com o desenvolvimento da ação.
Eu vi muitos filmes em que o protagonista faz algo para proteger sua filha. E no caso de "Absentia," invertimos a situação. Esta mulher é a personagem principal e deve empreender numa missão para recuperar seu filho.

Agora, principalmente na televisão, as mulheres têm papéis cada vez mais interessantes.
Eu acho que sim. A cada vez mais roteiros complexos, surpreendentemente escritos para mulheres. Quando me ofereceram o papel de mãe em "Absentia," tive dúvidas. Esposas e mães em filmes ou séries geralmente ficam sentadas se preocupando, e é esse o papel delas.
Mas acabou que Emily é, na maior parte, a força motriz de toda a história, e tem uma personalidade complexa. Claro que não só ela. Me parece que todos as personagens são multifacetadas, e o roteirista da valor a isso.

Você teve alguma influência na aparência de Emily?
Esta mulher muito ferida, tem cicatrizes, foi torturada. Todos concordamos com os produtores e diretores que não isso poderia ser bonita. Suas experiências de vida devem estar escritas nela.

O que você se lembra das filmagens da série na Bulgária?
Foi uma ótima experiência, porque cada membro da equipe se dedicou ao trabalho 100%. Conheci uma maquiadora e um engenheiro de iluminação que vem realizando suas profissões por anos e anos. Estávamos no meio do inverno e havia muitas cenas difíceis. Séries cheias de ação são sempre pesado, requerem muitas técnicas. Mas graças ao clima desolador, as imagens são sombrias e essa é a atmosfera da série.

(A conversa aconteceu em junho, em Monte Carlo, durante a estréia da série.)

Stana Katic (nascida em 1978 em Hamilton, Canadá) é uma atriz americana de descendência sérvia. Seus pais são sérvios-croatas e eles trabalham no setor imobiliário. Ela tem quatro irmãos e uma irmã. Estudou na Universidade de Toronto, mas trocou para Artes Dramáticas, na Goodman School of Drama. Seu papel mais famoso é na série "Castle". Ela interpretou uma policial da cidade de Nova York, Kate Beckett, que reluta em colaborar com o autor de mistérios Richard Castle (Nathan Filion). Porém, Castle passada a ser um consultor da polícia, e ao longo do tempo ele e Beckett formam uma dupla afinada, não só no trabalho. "Absentia" é o seu segundo papel principal. Desde 2008, a Katic também dirige sua produtora.

Adicionei à galeria os stills do segundo episódio de Absentia, 1.02 "Reset," que irá ao ar em Portugal e Espanha no dia 25 de setembro, logo após o primeiro episódio da série. Confiram sua sinopse a seguir:

O homem acusado de ser o assassino em série a matar Emily, Conrad Harlow, é solto da cadeia e Emily ainda não está nem perto de desvendar o mistério do seu sequestro por 6 anos. Enquanto Emily luta para voltar a uma vida normal, uma testemunha se apresenta, reforçando as suspeitas que caíram sobre Emily. Emily nega as acusações e está certa de que alguém está forçando essa pessoa a dar um falso testemunho - talvez até mesmo alguém do FBI? Será que Emily e Nick conseguirão descobrir a verdade antes que ela seja arrancada mais uma vez de sua família?

Séries > Absentia > Stills de episódios > 1.02 "Reset"

Lembrando que a série ainda não tem canal ou previsão de estreia nem no Brasil, nem nos EUA. ☹️

Sinopse do primeiro episódio de "Absentia," que irá ao ar em alguns países da Europa à partir de 25 de setembro:

Anos após a agente do FBI Emily Byrne ter sido presumida como vítima de um assassino em série, Conrad Harlow, ela milagrosamente volta para sua família. Porém, Emily precisa lidar com os mistérios do seu encarceramento e com o fato de que todos seguiram em frente sem ela. Investigando o caso de Emily, seu ex-marido, Nick Durand, descobre uma conexão entre Emily e um cafetão, Robert Semerov, que nutre sentimentos negativos por Emily. Quando o FBI encontra Semerov, as suspeitas passam a recair sobre Emily. Será que ela ainda é a mesma pessoa que eles conheciam?

Não deixem de conferir os stills do episódio em nossa galeria!

Para mim, o amor é como o ritmo fandango
"Culpa do meu espírito cigano, sempre pronto para me fazer viajar com a fantasia," disse a atriz Stana Katic. Que apenas em uma ocasião fica sem palavras...

Stana Katic, canadense de origem sérvio-croata de 39 anos, após se despedir de "Castle" (onde era a detetive apaixonada pelo escritor do título) virou a protagonista e produtora de "Absentia," série que estreará em breve. Nela, a atriz interpreta Emily, outra mulher forte: uma agente do FBI que desaparece e volta para casa após 6 anos, mas sem memória.

 
Vivemos em um mundo perigoso. Qual o seu maior medo?
Perder quem eu amo: meu marido, um amigo ou familiares. Só de pensar, fico paralisada.

No set, como você espantava pensamentos negativos, já que a série tem um tema tão sombrio?
Eu ouvia Radiohead para aliviar a tensão.

O que faz seu coração bater mais forte atualmente?
Meu espírito é cigano, curioso, selvagem, sempre pronto para descobrir novos lugares e viajar, mesmo que apenas na fantasia, lendo um livro.

E o amor?
Para mim, é como o fandango: uma dança que deve ter rítmo, onde se mantém viva a chama com uma sedução sutil - um jogo no qual se emaranha e se diverte, pois rir é fundamental.

Um colega que a deixou aturdida?
Richard Gere. Trabalhamos juntos em "Codinome Cassius 7" ("The Double"), e ele me deixou sem palavras. Não só porque é um dos homens mais sexies do mundo, mas também porque é simples e generoso... e se aproximou de mim algumas vezes quando disse que era sua fã. O que posso fazer? Tenho um fraco por artistas talentosos, desde Johnny Depp a Daniel Day-Lewis e Anthony Hopkins. Fico sem palavras na frente deles. E isso não é algo que me acontece com frequência.

 

Scans > 2017 > Io Donna [9 setembro]