Stana Katic Brasil

Stana Katic Brasil

Entrevista antiga da Stana, de meados de 2007, antes de toda a loucura de "Castle" começar na vida dela. Ela fala um pouco de alguns trabalhos como "The Spirit", "Heroes" e "Banquete do Amor", e conta um pouco de como aborda suas personagens e fala de planos pro futuro.
Obrigada à Carol Mufato pela tradução! =D

Em quais os projetos você vem trabalhando recentemente?
Acabei de terminar uma participação em "CSI: Miami" e " The Unit". Alguns já foram ao ar, outros devem ir em breve. Eram personagens muito bacanas de se fazer, e agora estou começando a trabalhar no novo filme de Frank Miller. Ele foi o roteirista de "Sin City" e o novo projeto chama-se "The Spirit". Começarei a fazê-lo em uma semana, e estou muito animada pra ele, que conta ainda com Sam Jackson, Eva Mendes e Scarlett Johansson. É um filme baseado no antigos quadrinhos "Spirit", que são da era de Will Eisner, tipo, por volta dos anos 40. Será divertido, e aparenta ser um ótimo filme; Frank Miller é um cara muito criativo.

Muitos fãs gostariam de vê-la de volta a "Heroes". Mas parece que você não terá tempo para voltar à série.
Eu não sei. Adorei aquele papel, acho que a personagem tinha muito potencial. Mas veremos. Ela está meio que morta, mas meio que viva; num futuro está morta, no outro ela não está. Gostei muito dessa sensação de que tudo pode acontecer, foi muito divertido. Eu conhecia Milo Ventimiglia de um outro projeto que nós fizemos a muito tempo atrás, quando eu tinha acabado de chegar a Los Angeles. Ele é fantástico, e muito profissional, então foi legal vê-lo novamente, bem como trabalhar com outros do elenco. São todos muito talentosos, e pessoas divertidas e adoráveis, e adoraria trabalhar lá novamente. Acho que a personagem ainda não foi totalmente descartada. Sei que muitos dos fãs adorariam ver uma Agente Mossad arrasando e criando problemas e resolvendo alguns mistérios.

Você aparece no filme "Banquete do Amor" ("Feast Of Love") que já está nos cinemas. O filme está sendo muito aclamado. Enquanto você o fazia, pensava que teria uma recepção assim?
Esse projeto tem grandes nomes, como Morgan Freeman e o diretor Robert Berton, de "Kramer vs. Kramer ", e ainda contou com a produção da Lakeshore Entertainment. Eles montaram projetos como "Menina de Ouro" ("Million Dollar Baby") e " Anjos da Noite" ("Underworld"). Dada essa combinação, era uma aposta certeira, desde o começo, que o filme seria feito cuidadosamente. Fico feliz que os espectadores tenham gostado e você sabe, quando se participa de uma coisa dessas, que será bom e as pessoas darão o seu melhor.

Você fez uma cena nua no filme; houve alguma hesitação em aparecer assim na telona?
Acho que, no começo, sempre é preciso acostumar-se com a ideia de fazer uma cena íntima num ambiente nada íntimo. Eu venho de uma família europeia, então qualquer medo ou trepidação iniciais foram descartados rapidamente. Acho que os europeus são bem menos puritanos em relação ao corpo do que em outras partes do mundo.

Qual você acha que fez o filme ter atraído tantos expectadores?
Acho que ele é um desses filmes que tenta inspirar as pessoas a amarem seus amigos, familiares e amantes ainda mais profundamente, e a realmente apreciarmos os relacionamentos que temos. Acho que as pessoas são atraídas por essa mensagem positiva, ainda mais agora, quando as coisas estão tão complicadas. Por exemplo, seja intelectualmente ou politicamente, as pessoas procuram por algo que as lembre dos valores mais importantes. Acho que um filme assim nos ajuda a colocar a vida em perspectiva, e a focar novamente nas coisas que realmente nos importam.

Quando você assume um papel, de onde você tira sua inspiração?
Toda vez é diferente, depende da personagem. Às vezes, a personagem me vem através de uma pintura ou uma foto, e às vezes vem de uma música. Às vezes eu preciso fazer muita pesquisa sobre a vida e o mundo da personagem para poder entendê-la. E às vezes eu uso minhas próprias experiências; é como uma sacola de brindes: vou e pego o que puder, de onde puder. É como uma busca, você meio que vê se as coisas se encaixam aqui ou ali, e você segue aquele caminho um pouco, e, com sorte, ele leva a outras coisas que possam vir a ser interessantes para a personagem.

Você teve o prazer de trabalhar com uma longa lista de artistas maravilhosos. Tem alguém com quem você gostaria de trabalhar no futuro, e que ainda não tenha tido a oportunidade?
Sim, eu adoraria trabalhar com Jack Nicholson. Acho que poderíamos ter um diálogo incrível, e arrasaríamos numa cena. Ele e Daniel Day-Lewis, seria genial. Eu estava conversando com uma amiga minha, e ela disse que Daniel Day-Lewis é o sonho de uma mulher inteligente. Daí então eu faria um clipe do Tool; não sei se isso se encaixa na pergunta, mas aí está!

Existe algum lugar na internet onde os fãs podem conhecer mais sobre você?
Sim, eu tenho! Há um web site, stanakatic.com. Ele está um pouco desatualizado agora, pois estamos dando uma repaginada. Mas é um bom lugar para se informar, e em breve teremos uma nova versão dele.

O que gostaria de dizer para seus fãs ou admiradores?
Obrigado por serem fãs e admiradores ; isso é realmente fantástico. Fico pasma de ter fãs e admiradores. Adoro que eles assistam meus trabalhos e, espero, os apreciem. Isso é o bastante para mim. Se eles querem ser chamados de fãs e admiradores, então realmente é algo fantástico, e é uma honra. Realmente aprecio isso.

[fonte]

De "Castle" para Buenos Aires

De "Castle" para Buenos Aires

La NaciónDe férias na Argentina, a protagonista da série de sucesso da AXN fala sobre sua personagem na TV e de seus outros projetos.

Stana Katic, a atriz que interpreta a inteligente e determinada detetive Kate Beckett em "Castle", transmitida pela AXN, está de férias pela Argentina e, de passagem por Buenos Aires, ela não quer saber dos melhores restaurantes ou do shopping center mais próximo. O que interessa à atriz, nascida no Canadá e criada nos EUA, são os detalhes da rede local de metrô e quer saber se é verdade, pelo que ela pode reparar em suas primeiras voltas na cidade, se os habitantes praticam tanto ioga quando os diversos locais para a prática da atividade espalhados pela cidade sugerem. Sua curiosidade e sua vontade em aprender o que há além da superfície é algo que Katic passa à sua personagem, uma das mais interessantes da TV à cabo, num campo no qual nem sempre é liderado por uma mulher forte.

"Supõe-se que Beckett é a melhor detetive da equipe; os rapazes também são muito bons, mas ela é a quem eles seguem. Eu gosto que seja assim. Desde o começo os criadores da série queriam que ela fosse uma personagem forte, uma mulher que é boa no que faz e não tolera brincadeiras," explica a atriz.

É claro que, após quatro temporadas e uma trama na qual ela sofria com o assassinato não-solucionado da mãe, no 5º ano da série tudo ficou menos dramático para Beckett. Grande parte dessa mudança tem a ver com o romance - mais do que tardio - com o escritor Richard Castle (Nathan Fillion), que a escolheu como musa para seus livros. Um relacionamento que a própria Katic fazia campanha com os roteiristas da série, que finalmente concederam seu pedido.

"Em algum momento eles tinham que dar espaço para a personagem mostrar como ela é fora do trabalho. Eles tiveram que colocar um pouco de diversão para que não ficasse solene e enfadonho. Também acho que ninguém acreditaria que, além de ser uma figura de autoridade, não tenha nenhum interesse que não seja o seu trabalho. Além disso, deve haver algum motivo para ela se atrair por este homem tão diferente dela. Não pode ser apenas porque ela vive através das brincadeiras dele," explica Katic, revirando os olhos para a prática habitual de Hollywood, na qual a mulher é apenas a companheira de aventuras do protagonista masculino. Este não é o caso de "Castle", que agora tem o desafio de balancear a crescente leveza de Beckett com a esperada, porém sutil, maturidade de Castle, mantendo o equilíbrio dessa série que é um fenômeno além da TV: há livros escritos por "Richard Castle", e até mesmo quadrinhos dedicados às aventuras de Nikki Heat, a personagem criada tendo Beckett como musa. Este universo deixa Katic próxima à ter sua própria boneca - algo que pode acontecer em breve, principalmente se ela realizar seu desejo de tentar a sorte como heroina de ação em filmes.

"Adoro fazer cenas de ação em frente a uma tela verde. Acho que seria uma experiência divertida praticar meus movimentos ninja para as câmeras num filme, algo semelhante ao que fiz em "The Spirit - O Filme", baseado nos quadrinhos de Frank Miller. Era semelhante a trabalhar em teatro experimental, no qual você tem um palco vazio e tudo brota da sua imaginação. Isso requer um tipo de interpretação que é muito peculiar, muito interessante. Na verdade, me sinto muito confortável em qualquer set," diz a atriz, que recentemente participou de dois filmes muito aguardados no circuito independente. Num deles ela aparece em "CBGB", o filme que retrata a história do lendário bar de Nova York, local essencial do movimento punk americano, interpretando Genya Ravan, importante cantora deste movimento.

"Eu precisava de uma experiência que fosse além do ciclo da TV, da chance de interpretar uma personagem diferente, num cenário diferente. Nesse caso, pude interpretar uma personagem real, Genya Ravan, a quem eu conheci. Ela é fabulosa, tem uma voz incrível; eu sentei com ela para ouvir a sua música, suas histórias sobre o emergente movimento punk de Nova York. Ela foi parte deste mundo, era amiga do dono do CBGB, Hilly Kristal, que é interpretado por Alan Rickman. A maior parte das minhas cenas foram com ele e Rupert Grint," relembra Katic com um sorriso, depois de ter passado tanto tempo com os intérpretes da série "Harry Potter", para o deleite de todas as crianças que passaram pelo set de filmagem. Mas este não foi seu único filme deste ano. Para mostrar que era capaz de mais do que interpretar a detetive que a tornou famosa, a atriz fez a poetiza Lenore Kandel no filme "Big Sur", que terá sua estréia mundial no Festival de Cinema de Sundance, em fevereiro. [N.T.: na verdade, o festival é em janeiro. E "Big Sur" foi gravado em 2011, e não este ano] Outra personagem baseada em uma pessoa real, e uma outra artista e outra mulher forte para Katic que, apesar de não vir de uma família do meio artístico, diz que sempre sonhou em fazer isso. "Eu queria explorar o ponto de vista de outras pessoas, suas vidas. Amo isso. Sempre quis fazer isso porque eu sentia que apenas uma experiência de vida não era suficiente para mim," diz a atriz, que ficou se perguntando, como se procurasse outras razões para explicar porquê faz o que escolheu fazer desde a infância, quase instintivamente. Ela fica quieta, sorri mais para si mesma do que para o resto do mundo, e diz: "Sim, é por isso que eu escolhi ser atriz."

La NaciónFuga para Los Angeles

Com sua vocação firme e após um desvio pela faculdade de Direito, ("pensei que salvaria o mundo e que essa coisa de atuação não era muito prática"), Katic começou a pensar em deixar Chicago para começar sua formação teatral e tentar a sorte em Hollywood.

"Foi uma decisão difícil. Lembro que estava tentando deixar ao acaso. Joguei os dados e decidi que se saísse um determinado número, eu iria. E saiu. Então decidi um mês, joguei o dado, e saiu o número de novo," ela se lembra rindo, mas então o riso virou emoção. "Quando eu estava prestes a ir, eu estava muito nervosa com tudo que estava por vir e como eu teria quatro dias de estrada pela frente, sozinha, eu não sabia nem se meu carro velho aguentaria a viagem. Então minha mãe me deu um colar dela e me disse que ele me protegeria. E foi isso, me despedi dela, do meu pai, meus irmãos, e fui embora," conta a atriz, e as memórias quase a deixam em lágrimas. Imediatamente ela ri, pois reconhece que esse foi apenas o começo da sua aventura em Los Angeles, uma cidade não exatamente amigável com a legião de aspirantes a atores compondo grande parte de sua população.

"É uma cidade grande, onde você nunca sente que está em uma cidade, pois não há um centro. As distâncias são enormes e não se juntam os espaços. As pessoas ficam mais tempo sozinhas lá do que em qualquer outro lugar que eu conheço. E a maior parte do tempo passo no carro, no trânsito," diz a atriz, que decidiu parar de reclamar e fazer algo para ajudar a mudar a cidade em que vive. Assim nasceu o Alternative Travel Project, uma iniciativa que propõe, entre outras coisas, substituir o carro pelo transporte público e de bicicleta. "Um dia eu estava no meu carro e foi a primeira vez que eu andava no banco do passageiro, pois meu irmão foi visitar e estava dirigindo; foi uma experiência tão agradável, tão relaxante não ter de se preocupar com o tráfego e a possibilidade de bater, que eu comecei a olhar para a cidade de uma forma diferente. É um lugar cheio de pessoas talentosas e criativas, e com muitas influências, que não deveria ser difícil implementar esta idéia de uma cidade melhor, mais agradável e menos associada ao carro. Os recursos estão lá, tudo o que é preciso é que, por exemplo, Tom Cruise pegue o metrô uma vez," conclui Katic, que nesses dias irá fazer a sua própria viagem de metrô, mas em Buenos Aires.

 
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Stana > Scans > 2012 > La Nación (24 de dezembro) (2 imagens)

 
Fonte: La Nación, Cherries and Coffee (scans)

Stana Katic derruba as paredes do castelo

[N.T.: entrevista antiga, lá de 2009, mas é bem interessante. Ela fala da sua carreira, estudos, família, infância,... Leitura orbigatória para qualquer Stanatic.]

A atriz Stana Katic está com tudo. Após ter papéis coadjuvantes em dois dos filmes de maior sucesso do ano passado [N.T.: 2008, no caso.], "007: Quantum of Solace" e "The Spirit - O Filme", a estonteante canadense ganhou o papel de protagonista na nova série policial/romântica da ABC, "Castle", interpretando a detetive Kate Beckett, uma policial da NYPD durona que se encontra na lamentável posição de ter o arrogante escritor de mistérios best-seller Richard Castle (Nathan Fillion) seguindo-a para fazer pesquisa para seu próximo livro. Mas não apenas ela descobre que os instintos criativos para solucionar mistérios de Castle a ajudam a resolver os assassinatos mais desafiantes da cidade, como também ela percebe seu frio exterior derretendo sob o charme do autor.
Stana Katic sentou conosco num restaurante grego local para falar sobre diversos tópicos que motivam essa bela e inteligente atriz. Eis o que se passou:

Leia o spoiler