Stana Katic Brasil

Stana Katic Brasil

A atriz Stana Katic esteve em Portugal para a apresentação e antestreia da 2ª temporada da sua série, Absentia, do AXN. Conhecida também pelo seu papel em Castle, que lhe lançou a carreira para a ribalta, a atriz canadiana sentou-se para uma entrevista connosco, onde partilhou as suas experiências, os desafios do trabalho em Absentia, algumas curiosidades sobre o futuro da série e ainda falou da sua integração na associação EMA. Lê aqui a entrevista completa, traduzida em português.

A 2ª temporada de Absentia estreia dia 26 de março, às 22.20, no AXN.

Séries da TV (SdTV): Obrigado por se disponibilizar para esta entrevista. [Falando de Absentia] Quão longo vai ser o salto temporal entre temporadas?
Stana Katic: Acho que são apenas uns quantos meses, não é muito tempo. No máximo um ano.

SdTV: Como é que é fazer o papel de alguém que passou por tanta dor e tortura?
SK: (Ri-se ironicamente) É fácil! Não é dificuldade nenhuma! Não, claro que é desafiante. Queríamos ter a certeza que ela tinha uma base sólida e real, portanto olhámos para eventos na história que nos ajudassem a manter esta experiência e as reações da personagem adequadas e reais. A personagem está a sofrer de síndrome pós-traumático, do tempo que passou no tanque. No entanto, é uma sobrevivente. Por isso, fazemos referência a momentos e eventos como a Segunda Guerra Mundial, a pessoas que conseguiram sair de eventos como esse, como sobreviventes. Existe muito diálogo entre mim, os realizadores e os escritores.

SdTV: A Stana, ou o elenco, têm algum hábito para relaxar depois de um dia a gravar aquelas cenas mais pesadas e sombrias?
SK: (Ri-se) Deixa-me pensar. Rakia. Sabes o que é? E Grapa? É uma espécie de brandy que eles têm na Bulgária e cada pessoa costuma fazer o seu. Às vezes depois de um dia mais difícil ou uma cena pesada, tomamos juntos alguns shots de Rakia. Isso ajuda.

SdTV: Tem alguma preparação especial para as cenas debaixo de água?
SK: Não, nenhuma em especial. O realizador apenas queria ter a certeza que eu não morria durante nenhuma. Portanto, fomos para uma piscina búlgara e pensámos como é que iríamos filmar. Apenas fazê-lo no dia que for preciso, com sucesso, ser corajosa e ultrapassar.

SdTV: Qual é que foi a cena mais difícil de gravar durante a 1ª temporada? Ou a segunda, se puder dizer!
SK: As cenas mais difíceis normalmente são aquelas onde te começas a rir, acredites ou não. Eu sei que é um thriller, mas às vezes acontecem coisas mesmo engraçadas no set. Um cão que não vai na direção certa, ou às vezes é suposto lamber-te a mão e lambe-te a perna. Coisas do género. Mas as mais difíceis são mesmo quando me estou a rir imenso e tenho que me tentar controlar entre takes. Há uma cena em que a Emily e a Alice se encontram em casa, na 1ª temporada, e lembro-me que não conseguia parar de rir. E do meu lado não faz mal, mas quando estás do lado da outra pessoa [que estás a interpretar], eu quero ser o mais respeitadora possível e abrir espaço para a performance dessa personagem. É horrível quando te ris sem parar.

SdTV: Como é que descreveria a Emily?
SK: A Emily é uma personagem tenaz, com uma garra enorme. Ela é mulher, guerreira, mãe, um ser sexual e um ser vulnerável. Há uma fala que adoro na 2ª temporada, e não vou dizer spoilers nenhuns em termos de história, que acho que faz um bom resumo desta personagem. É algo que a Emily diz a alguém quando está a consolar essa pessoa. Ela diz "não deixes que eles escrevam a tua história por ti." Eu vou só deixar isto. Acho que vai afetar a audiência ao verem a série.

SdTV: Como é que descreveria a 2ª temporada para alguém que viu a primeira e estaria indeciso sobre continuar? Como é que a venderia?
SK: Acho que a 2ª temporada é de outro nível. Subimos a qualidade em muito, sabes? Toda a ação que tivemos na primeira ficou ainda melhor na segunda. As personagens têm arcos de história lindos. Conseguimos explorar a psicologia das personagens e algumas delas tomam más decisões que afetam toda as outras e é muito entusiasmante explorar isso. Já vi os dez episódios todos e mandei um email aos produtores a dizer como estou extremamente orgulhosa de todos estes atores e do seu trabalho. Foi um trabalho lindo dos nossos regulares. Estou com grande expectativa para ver como a audiência irá responder. É engraçado ver como tudo levou a esta temporada.

SdTV: Portanto podemos esperar uma 3ª temporada?
SK: Estamos a discutir isso na sala dos escritores e as diferentes possibilidades para uma 3ª temporada. Por isso, diria que as coisas estão a andar.

SdTV: Disse-me que já viu os dez episódios. É muito diferente quando está a gravar de quando vê o resultado, depois?
SK: É uma perspetiva muito diferente. Temos que nos comprometer a 100 por cento quando representamos e torna-se uma experiência muito pessoal e vulnerável. Depois ver é uma coisa completamente diferente. Como produtora tens que pensar como é que avanças a história. Tens que pensar: Isto leva a história para a frente? Continua a levar o enredo para onde queremos? Precisamos daquele momento? Vai ajudar? Há cenas fantásticas que são cortadas porque não levam a história na direção certa. No fim de contas estamos a contar um thriller e tem uma certa velocidade e ritmo que temos que manter.

SdTV: Há pouco falou da reação da audiência. Sente alguma diferença, uma vez que é um caso raro o facto de a série estrear tanto tempo antes na Europa em relação aos Estados Unidos?
SK: É uma situação muito pouco comum na história da televisão, mas o cenário está a mudar. Qualquer coisa consegue acontecer nesta altura e nós estamos na crista da onda. Desde que começámos a 1ª temporada de Absentia que vimos a mesma coisa a acontecer, tanto vindo da Alemanha, como de França, e só uns meses mais tarde a chegar aos Estados Unidos. Hoje em dia vemos as principais empresas de streaming a comprar conteúdo de fora dos Estados Unidos. Os nossos gostos como espectador não estão baseados lá, mas sim numa troca internacional que cria uma situação maravilhosa.

SdTV: Agora algumas questões sobre si. Faz parte da EMA (Environmental Media Association). Como é que isso começou?
SK: Para mim, como atriz, é importante ter uma plataforma através da qual posso ajudar projetos diferentes. O nosso tempo é limitado e os nossos recursos também, portanto o meu foco é o bem-estar das crianças e do ambiente. Sempre estive ligada ao meio ambiente, quer seja pela minha organização sem fins lucrativos, ou através do suporte de novas tecnologias e programas internacionais. Se conseguir encorajar as pessoas a criarem um mundo melhor, quer seja adquirindo uma tecnologia de que nunca ouviram falar ou espalhando uma ideia, o prazer é todo meu. Há muitas empresas que têm ideias que nunca ninguém ouviu, que conseguem mudar o mundo, mas que não têm uma estrutura de marketing por detrás que seja grande o suficiente. Que conseguem oferecer-nos um modo de beber água limpa, de pisar a terra com os pés descalços ou de comer comida limpa. É um prazer ser a voz destes produtos ou programas. É o mesmo com o bem-estar das crianças, ser capaz de ajudar a melhorar as suas vida não é uma questão, é uma certeza para mim.

SdTV: Tem algum projeto favorito?
SK: Eles são todos fenomenais. Já visitei hospitais pediátricos, fui a orfanatos e criei ligação com as crianças. Já fizemos muito trabalho com projetos ambientais. E não há nada mais inspirador que conhecer as pessoas que trabalham nestes projetos. Uma amiga minha está na Peace Corps na Zâmbia e as histórias que ela conta, as pessoas que conhece… São algumas das pessoas mais inteligentes na Terra e tiram um, dois anos ou metade da sua vida para servirem outras. Há muito que podemos receber desta experiência. É espetacular poder ajudar de qualquer modo que consiga.

SdTV: Sabemos que a Stana sabe falar muitas línguas e fazer inúmeros sotaques. Quais é que sabe e prefere?
SK: (Ri-se) Acabei de fazer um filme com um sotaque britânico e isso foi desafiante. Temos muitos atores britânicos em Absentia, portanto percebi um bocadinho daquilo por que eles passam. Viajei muito. Uma vez aprendi algumas frases e palavras em mongol. Parece klingon. Alguma vez viste Star Trek? Adoro Star Trek. Adoro. E klingon soa como mongol. É uma língua sem conexão a nada. Não tem bases latinas ou germânicas. É a sua própria coisa. Então eles falavam e eu não tinha ideia do que eles diziam. Imagina que íamos a uma mercearia e tu dizias "Sim". Eles dizem desta maneira, тийм ээ. Consegues imaginar como é o resto da língua? (rindo).

Stana conversou com o podcast FemTV enquanto esteve em Toronto para promover a estreia de "Absentia" no Canadá na quarta-feira, dia 17. O papo durou cerca de 17 minutos, e vocês podem ouví-lo na íntegra abaixo.

(Tentarei fazer a transcrição do áudio ainda este final de semana. 😉 )

Quando Stana esteve em Nova York semana passada, ela deu uma entrevista ao programa The Morning Jolt, da Sirius XM Radio, que só foi ao ar hoje de manhã.
Ouçam o áudio a seguir, já com a transcrição abaixo. 😉

Larry Flick: É um prazer receber novamente em nosso estúdio a linda - e havia esquecido o quão alta - Stana Katic. Como vai?
Stana: Muito bem, obrigada.
L: É ótimo vê-la novamente.
S: Obrigada.
L: Da última vez que conversamos foi sobre seu filme "CBGB".
S: Foi.
L: Foi tão, tão bom vê-la fazendo algo diferente, e foi legal vê-la novamente na tela em geral. Stana Katic pode ser vista na série da ABC "Castle" nas segundas, às 22h. Essa série tem uma vida bem interessante, não é?
S: É.
L: No sentido em que, ela é uma dessas séries nas quais a pessoa popular não sucumbe aos elogios, e sim observa as pessoas. E no final das contas, não é isso o que importa?
S: É.
L: É um programa de qualidade que você e Nathan Fillion fazem um ótimo trabalho.
S: Obrigada.
L: Você... Você acha que as pessoas subestimaram o poder do que vocês faziam nessa série?
S: Acho que, originalmente, a série era "A Pequena Locomotiva Que Podia" (livro infantil "The Little Engine That Could").
L: Era.
S: E demorou um pouco para a audiência descobrí-la. E demorou alguns episódio para que nós encontrássemos nosso ritmo também. Mas, por sorte, tínhamos algumas pessoas no estúdio que nos apoiavam e nos mantiveram no ar. Acho que ela cresceu lentamente, ano após ano, e agora temos um grupo de espectadores significativo, e isso é legal.
L: Há algum elemento que você possa indicar que tenha sido exatamente ao que as pessoas se apegaram? Claramente vocês dois têm uma ótima química, e a série é bem escrita. Mas o que... Há diversos ótimos atores com ótima química em séries bem escritas pelos quais as pessoas não se importam. Qual o diferencial dessa série, do seu ponto de vista?
S: Acho que é uma combinação de coisas. Com certeza acho que - não é apenas o romance desses dois personagens, Castle e Beckett, que atrai as pessoas, mas também os personagens em geral. Nós temos um ótimo elenco, e isso ajuda porque eleva o nível das histórias. Essa não é uma série criminal comum. E, se parar para pensar, muitas histórias são mistérios. Até mesmo "O Senhor Dos Anéis" era um mistério, de certo modo. Então usa-se isso como o plano de fundo, o fator motivador para avançar a história. Mas enquanto você faz isso, conforme avança a história, você também pode se apoiar nesses personagens maravilhosos, então as pessoas conseguem se relacionar com as diversas coisas que acontecem ao longo da história. E acho que temos um maravilhoso... grupo em geral. Então é uma boa mistura. Tem um pouco de drama, um pouco de comedia e romance, e acho que isso é algo que acaba sendo como a sobremesa após o jantar para a audiência.
L: Do que você gosta na Kate?
S: É. Acho que ela tem muita integridade. Eu gosto dela. Eu admiro a personagem. Fico feliz que pude fazer parte disso, fazer parte de criá-la. Acho que ela é imperfeita, e por causa disso, é uma heroina para mim. Ela não tem todas as respostas, ela nem sempre faz o que é certo. Mas ela se esforça para fazer o seu melhor, apesar de seus fracassos. E acho que isso faz com que seja fácil se identificar com ela. Descobri que há muitas jovens garotas que admiram a personagem e querem ser, de certos modos, como ela. Tenho orgulho em fazer parte da criação de algo assim.
L: Há algo no seu rosto, quando você está na tela como Kate, que é muito interessante. Parece que tudo se concentra no maxilar.
S: É mesmo?
L: É. Há algo nela que é... durona, o que é interessante, mas é tudo... É, estou com dificuldades em articular, mas adoro... Há certas tomadas suas nas quais realmente... Me parece que sua resistência, força, orgulho - ela é uma mulher muito orgulhosa - e me parece que tudo se concentra na linha do maxilar. Não sei. Você acha que sou louco, e tudo bem. Mas me parece que... Quando você está entrando na personagem, no que você pensa? Você fica tão ciente do corpo dela quanto nós que assistimos? Porque, obviamente, estamos vendo-a em ação. Ou você se perde nas palavras, nas motivações dela? Qual a primeira sensação que tem da Kate?
S: A primeira sensação é sempre... a curiosidade, e a necessidade de saber e de solucionar a injustiça. Ela tem baixa tolerância - mais baixa do que eu tenho para com pessoas que estão do outro lado da lei. Então às vezes discordamos disso. Mas isso é um fator motivacional. Ela obviamente quer justiça para as vítimas, e prender um assassino ou vilão.
L: O que a impede que ela se torne uma armadilha para você, como atriz? Porque a beleza de ter um trabalho fixo é, obviamente, poder pagar as contas e pode haver muito prazer em acrescentar nuances a uma personagem. Mas quando uma série se torna um enorme sucesso, ela pode se tornar também - como se diz? - algemas de veludo, certo?
S: Certo.
L: Como garantir que isso não aconteça?
S: Interessante, isso é bem verdade. Especialmente com uma série criminal, fica muito fácil cair na mesmice do procedimento.
L: É, porque se começa a pensar... Eu ficaria pensando no almoço...
S: É.
L: se eu não estivesse constantemente concentrado. E isso pode começar a dar dor de cabeça depois de um tempo.
S: Há alguns episódio que, ocasionalmente, são focados em minha personagem. Neles, eu tenho a oportunidade de criar um crescimento. Mas nem sempre concordamos quanto a isso. Quando penso que conquistamos algo, um ou dois episódios depois eu descubro que, talvez, os roteiristas e produtores não pensaram do mesmo modo que eu. Então, o que eu acho que impede que isso se torne enfadonho e... reduntante, é tentar focar nesses episódios específicos, tentar manter uma comunicação com os roteiristas e diretores, e tentar descobrir onde estamos e como podemos avançar com a personagem. E também, nos dias de episódios que não são sobre a minha personagem - que é a maior parte da temporada - eu tenho uma ou duas cenas com um ator incrível e podemos cair de cabeça nela, e estar presente e desafiar um ao outro para tentar algo um pouco mais único e ambicioso. Mas é uma dança. A TV é uma coisa muito interessante, pois há um elemento de maquinário nela, e às vezes esse maquinário não permite uma situação ideal para um indivíduo criativo explorar as coisas. Às vezes, é uma dádiva. Às vezes, não é. Às vezes é possível criar coisas incríveis com poucas ferramentas, mas às vezes isso pode ser um obstáculo. É uma dança constante.
L: É fascinante ouvir sua opinião sobre isso, pois minha visão de você, como atriz, é de uma artesã. E, às vezes, a televisão não é assim. E mesmo quando as pessoas dizem que é, ela não é. É como quando se tem uma fantasia ou um sonho, e você cresce e vai fazer aquilo, e nem sempre é como você sonhou, não é?
S: É
L: Então, o que você acha sobre ser atriz em comparação com o que você achava que seria ser atriz?
S: É diferente, dependendo do meio.
L: É?
S: É. Quero dizer, eu... tenho cenas ou projetos que são estimulantes, nos quais você é desafiada, e até mesmo aprende sobre si mesmo, pois a personagem ou as cenas te dizem algo sobre o qual você jamais pensou. Mas há projetos que são apenas pelo dinheiro. Não gosto de trabalhar por isso. Para mim precisa ser mais pelo lado criativo do que por qualquer outra coisa.
L: Então como você lida com o lado de negócios? Com certeza você tem gente para cuidar disso por você enquanto você está submergida em seu trabalho, mas... Novamente, como sua alma lida com isso? Porque somos todos... Quando eu era pequeno, eu fingia ser DJ. E estar no rádio é muito diferente do que eu pensei, e, às vezes, por mais que eu ame - e vocês todos deveriam ter inveja de mim, pois tenho o emprego mais legal do mundo. Amo isso, amo o que faço. - mas às vezes isso esmaga a sua alma.
S: É.
L: Isso faz parte de ser um adulto. Então, como você lida com isso?
S: Eu faço leitura de peças teatrais em minha casa.
L: Jura?
S: Sim.
L: Meu Deus, que legal. São peças novas ou clássicos?
S: É uma mistura.
L: Jura?
S: Sim.
L: Isso deve ser a coisa mais legal que já ouvi. Você convida várias pessoas e fazem a leitura?
S: É. E... Óbvio, vou assistir ao trabalho de outras pessoas. Tento ver o máximo de peças teatrais, óperas e filmes o possível - ainda mais o trabalho de gente que admiro. Tento me manter inspirada saindo pelo mundo e interagindo com ele em um nível criativo. Às vezes, só de ir a um museu já alimenta sua alma. Às vezes, entrar na internet e ouvir um ator falando sobre seu trabalho pode alimentar sua alma. E às vezes só de sentar com um idoso e conversar por algumas horas, isso pode ser maravilhoso.
L: Você é uma artista tão à moda antiga.
S: Ah, é?
L: É sim. É adoravel. Absolutamente adorável. Stana Katic está aqui conosco no The Jolt. Ouso perguntar qual foi a última peça que você leu? Você se lembra?
S: Sim. Foi "Speed-the-Plow".
L: Jura?
S: Bem adequada, dada nossa conversa.
L: Exatamente. [Risos] Você tem tipo, uma lista mental - me perdoe, mas estou fascinado por isso.
S: Certo.
L: Você tem uma lista mental de peças que gostaria de fazer?
S: Sim. Faremos Ionesco a seguir.
L: Boa.
S: Não me lembro como se pronuncia, "The Future is in Eggs," algo assim.
L: Ah, sei de qual você está falando.
S: E a primeira se chama "Jack, or the Submission," eu acho.
L: Nossa.
S: Faremos uma leitura dessas duas juntas. "Spike Heels". Li... Era "Spaz"? Não. "Dusa, Vi, Stas" e algo mais. "Fish". [NT: "Dusa, Fish, Stas and Vi "] É uma peça feminista dos anos 60/70. Procuramos qualquer coisa que possamos... E nunca são as mesmas pessoas. São grupos diferentes de pessoas. Alguns colegas com quem estudei... Um antigo professor está por aqui, então ele vem e guia tudo.
L: Meu Deus.
S: É.
L: Parece divino. Sinceramente, parece divino. Parece quando eu estudava teatro na faculdade.. Parece o tipo de coisa com o qual nós sonhávamos que nossas vidas de atores seriam. Quando eu era obcecado com peças de um ato de Sam Shepard...
S: É.
L: Os primeiros trabalhos de Mamet.
S: Patrick Shanley.
L: Meu Deus. Todos sonhávamos que seria assim.
S: Certo. É. [Risos]
L: E, claro, não foi assim para todos, mas... Parece que você criou esse mundinho, e ele parece delicioso. Fico feliz em ouvir sobre ele. Obrigado por nos contar sobre isso. Então... Jogando um balde de água fria em cima disso tudo. Por quanto tempo você acha que fará "Castle"?
S: Eu não sei.
L: Tipo, você olha para... Porque uma série de TV tem o que pode ser uma vida infinita. Ou há um momento no qual os atores e produtores dizem, "Vamos pensar nisso, enquanto ainda há dignidade." Isso passa pela sua cabeça?
S: Acho que... Sabe... O que quer que seja decidido, acho uma boa ideia sair por cima.
L: É.
S: Então, contanto que tenhamos algo, uma história a contar - e contar bem - e ser passional por ela, então vamos nessa. Mas contar uma história apenas para... Apenas por contar, para manter a máquina em movimento, acho que essa não é a maneira de fazer as coisas.
L: Você visualiza... Kate descobrindo tudo, ou você acha que ela ficará numa busca eterna?
S: Pelo quê?
L: Respostas para qualquer coisa. Acho que ela é uma mulher em uma missão. Ela completará sua missão?
S: De certo modo, ela completou, pois solucionaram o assassinato da mãe dela na temporada passada. Então... Essa parte dela já completou-se. Nessa temporada, estão focando no personagem do Castle. Eles reformularam a mitologia da série ao acrescentar perguntas referentes ao personagem dele. Onde ele estava quando ficou 2 meses desaparecido? O que aconteceu com ele na floresta quando ele era criança? Então, acho que uma parte do mundo dela foi concluída, foi solucionada. Ela está nessa jornada com ele, questionando o que aconteceu com ele. Não sei se eles conseguem criar outros arcos para a personagem dela. Espero que consigam, pois isso a torna interessante. Mas, agora, o arco dela é ajudar Castle a descobrir o que aconteceu com ele.
L: Bem, veremos. Enquanto isso, fico feliz em saber que você tem essa vida criativa próspera enquanto vive a vida de uma atriz trabalhadora também. Parabéns.
S: Obrigada.
L: Stana Katic. É tão bom vê-la novamente. Por favor, volte.
S: Obrigada.
L: E queremos encorajá-los a ver "Castle" nas segundas, às 22h, na ABC. Fiquem por aí, tem mais a seguir no "The Jolt".

A estrela da aclamada série "Castle", Stana Katic, mandou um comovente recado dando apoio às vítimas da enchentes que assolaram a Sérvia, em entrevista exclusiva à Gloria.
Nela, Stana falou sobre sua carreira e sucesso, e comentou sobre sua recente visita à Croácia. A entrevista completa poderá ser encontrada na nova edição da Gloria, que chegará às bancas locais no dia 26 de junho.
A mensagem da bela atriz você pode conferir no áudio abaixo.

Eu só queria dizer 'olá' a todos que assistem 'Castle' e... Quero mandar meu amor e apoio a todas as vítimas que foram afetadas pelas enchentes. Eu espero que todos voltem para casa e mantenham-se seguros, e que encontrem conforto e amor em breve.

fonte

Stana conversou com Peter Bowes para programa da BBC Radio 5 "Up All Night" na madrugada dessa 2ª para 3ª feira.
Escute o áudio da entrevista a seguir, e confira a transcrição logo abaixo (se tiver problemas com o player, ouça a entrevista no Youtube):

Rhod Sharp: Ela é uma apoiadora incansável para fazer as pessoas saírem de seus carros e usarem transporte público. Ela é uma das estrelas da série de detetive de sucesso "Castle". E sua última empreitada mostra essa versátil atriz revivendo os dias de glória do lendário clube CBGB, em Nova York. Estamos prestes a receber Stana Katic, que está com Peter Bowes em Los Angeles. Olá, Peter.
Peter Bowes: Olá, Rhod. Boa noite de Los Angeles, e seja bem vinda a Stana Katic, que está aqui comigo. Na verdade, bem vinda de volta.
Stana Katic: Obrigada.
Peter: Nós conversamos há alguns anos sobre o Alternative Travel Project, com o qual você está envolvida em seus esforços em fazer com que as pessoas deixem seus carros em casa e explorem meios alternativos de transporte. É um projeto que floresceu nos últimos anos, desde que nos falamos. Sei que há diversas pessoas ouvindo isso ao redor do mundo, e sei disso porque elas vêm me twitando pelas últimas 24 horas, pois sabiam que você estaria no programa. E elas têm me contado sobre seus projetos alternativos de transporte, inspirado pelo trabalho que você faz aqui em Los Angeles. Falaremos disso num instante, mas antes gostaria de falar sobre "CBGB", o filem sobre - como disse o Rhod - o lendário clube em Nova York, que se viu no meio da cena musical alternativa nos anos 70. Blondie, Talking Heads, Ramones, Lou Reed, que faleceu nesse final de semana. Estavam todos lá em sua época. Como você se envolveu nesse projeto?
Stana: Um amigo meu me disse que estavam criando essa obra, que era sobre história musical. Eu queria fazer parte dela. Eu não me importava com o tamanho do papel, só queria participar de um projeto que falava sobre história da música, e especificamente uma história da música que virou a Meca do punk rock na América do Norte e revelou grandes bandas, como os Ramones, como você disse, e Television, Talking Heads, Lou Reed, entre outros.
Peter: Tem um elenco e tanto. Alan Rickman e Rupert Grint estão no filme. Freddy Rodriguez também.
Stana: É. É um grande elenco. E também muito gentil e bem preparado. Foi impressionante ver todos chegarem foi muita pesquisa feita, e totalmente comprometidos com o trabalho. É difícil atuar num set em frente a um grupo de coadjuvantes e fingir que era aquele clube de rock. Além disso, tínhamos várias pessoas que realmente estiveram no clube, que eram parte de algumas das bandas que mostramos, indo ao set e nos contando histórias de bastidores. As pessoas vêm de todos os cantos, conforme tenho viajado para falar do filme, m contando histórias fantásticas, às vezes me mostrando fotos que jamais mostrariam publicamente, mas me contando um pouco do que acontecia naquele clube. Isso é incrível, realmente incrível, pois ele quebrou várias normas ociosas, e acho que é um pedaço especial de história da música para muitas pessoas.
Peter: Você é uma fã dessa era?
Stana: Sou. Acho que não dá para gostar de música tanto quanto eu gosto e não curtir os grupos que saíram desse clube. Então foi um grande prazer poder ouvir e ver pessoa reencenando, como disse, os Ramones, Talking Heads e tudo o mais, e conhecer a música que eu vinha ouvindo. E acho que é uma ótima oportunidade para pessoas que talvez não tenham crescido com essa música, ou apenas não estavam tão cientes dela, serem apresentados a isso. Acho que há muita garotada por aí usando camisa dos Ramones e nem sabem porquê. Essa é uma oportunidade fabulosa para apresentá-los a uma nova geração.
Peter: Stana, Rhod tem uma pergunta.
Rhod: Você teve a oportunidade de conhecer algum dos artistas originais? Alguém foi ao set dizer, "Ah, sim, isso está exatamente certo," ou algo do tipo?
Stana: Sim. Cheetah Chrome, interpretado por Rupert Grint, foi ao set com sua mulher e filhos. Ele e Genya, que é a personagem que interpreto - Genya é uma artista fabulosa e ainda se apresenta por Nova York -, ficaram amigos eventualmente, então foi bem legal tê-lo no set, porque ele ligava pra Genya e contava sobre algumas das cenas que fazíamos e ele se lembrava. Ele lembrava-se de estar presente quando alguma coisa ou outra aconteceram. E eles deram algumas risadas sobre isso. Isso foi legal. Fiquei feliz que todos pareciam gostar do resultado do filme.
Rhod: Maravilhoso. E quanto ao Alan Rickman? Vi o trailer, e é outra performance incrível dele, não é? Ele some dentro desse homem.
Stana: É sim, ele é maravilhoso. Antes de mais nada, é um honra trabalhar com alguém como ele. Seu currículo é totalmente incrível. E ele é tão comprometido com a atuação, o que é legal para mim, como sua parceira de cena, porque você não precisa de esforçar muito. Tudo já está ali, na pessoa com quem você está atuando. Então foi bem legal. E fiquei tão feliz e honrada em poder conhecê-lo e poder brincar um pouco na caixinha de areia com ele.
Rhod: É uma grande diferença de "Castle", é claro, aparecer num projeto desses. Como foi seu processo mental de mudar de era, mudar o personagem que você retrata?
Stana: Foi ótimo, é bom mudar um pouco de ares. Pude conhecer a Genya. Viajei a Nova York a trabalho, entrei em contato com ela e nos encontramos. Ela é fantástica; ela é uma mulher impenitente. E ela ou tocou, ou dormiu com os maiores e melhores do meio. Ela tem histórias fantásticas e foi maravilhoso conhecer alguém assim, que realmente viveu e aproveitou uma vida muito alegre. Mas é, foi legal mudar os ares. É diferente de "Castle", é claro, mas todo ator - eu acho; talvez esteja sozinha nessa, mas acredito que não - mas a maioria dos atores provavelmente querem experimentar a maior diversidade o possível, e eu sou assim.
Rhod: "Castle" tem uma agenda pesada para você, não é?
Stana: Tem. É uma agenda bem intensa sim.
Peter: Falaremos mais sobre "Castle" num instante, mas quero falar com você sobre o Alternative Travel Project, porque foi o que a trouxe aqui uns anos atrás. Ele é, basicamente, uma campanha com a qual você se envolveu, que incentiva as pessoas a deixarem seus carros em casa e ir ao trabalho de transporte público, e ficar uma semana usando o transporte público, correndo, andando, o que puder fazer para não usar o carro. Desde aquele começo, como o projeto se desenvolveu?
Stana: Ele cresceu. As pessoas sempre nos escrevem e contam suas histórias. A ideia é... É uma iniciativa que sempre encoraja as pessoas a sair da bolha de seus carros por um dia. Se todos no planeta ficassem sem carro por um só dia, isso significaria que pouparíamos 11,7 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), que é o equivalente à emissão do que o Quênia usa em um ano. E isso é apenas em um dia. Então você acorda um dia e, normalmente, entraria no carro e talvez, naquele dia, você diga, "Quer saber? Vou andar até o mercadinho e depois vou andar até o trabalho, depois andarei até a cafeteria, e por fim andarei até em casa." Fazendo isso, há reflexos na saúdes das pessoas, no meio-ambiente, e na cidade como um todo. Num nível de macrocosmo, você valoriza os negócios locais e ajuda a comunidade também. Tudo começou como uma iniciativa e inspirou várias pessoas. No Reino Unido, por exemplo, temos uma mulher incrível que criou um programa escolar sobre isso. Ela nos mostrou, e o postaremos em nosso site. Montamos vídeos com os clipes que as pessoas nos mandam. Elas dedicam dias sem seus carros. Isso pode parecer bobo num lugar que é um pouco mais avançado no transporte público. Cidades enormes como Paris, Londres, entre outras, têm sistemas de transporte público fantásticos. Mas aí você vem a Los Angeles, onde ele ainda está em desenvolvimento e estamos repensando o sistema de transporte público que tínhamos, e as pessoas estão exigindo mais dele, tentando criar faixas exclusivas para bicicletas melhores e mais seguras. Aí então é algo realmente incrível abrir mão do seu carro por um dia, ou por alguns dias, ou uma semana, e ir e voltar do trabalho desse modo. É bem legal, na verdade... Já até disse antes que acho muito inspirador, como atriz.
Peter: Mas para você é bem pessoal, não é?
Stana: É.
Peter: Há um projeto na Romênia, pro exemplo, que acontece às sextas-feiras, encorajando as pessoas a pegar o ônibus. E ele resultou em dois casamentos de pessoas que se conheceram no ônibus, e - mencionei os tweets mais cedo - recebi um tweet da Andrea em que ela dizia que nasceu uma bebê...
Stana: Ai, meu Deus. [Risos]
Peter: ... chamada Sofia. É verdade que você é a madrinha, ou será a madrinha?
Stana: Certo, a história é... Isso é ótimo, eu nem sabia. Que maravilhoso, parabéns. A história é que há uma escola na Romênia que decidiu assumir a iniciativa de não usar carros nas sextas-feiras. Como resultado disso, várias pessoas que trabalhavam na escola ou que participavam no projeto, começaram a se conhecer no ônibus ou andando e tal. Todos tinham diversos tipos de ligação com a escola. Bem, dois casais se formaram. Um deles até mesmo deu o primeiro beijo no ônibus. E esses casais, eventualmente, se casaram, e me escreveram essas cartas incríveis dizendo, "Obrigado, pois acabamos nos conhecendo por causa do projeto." E eles ameaçaram fazer de mim a madrinha deles, o que é muito gentil, e teria sido uma honra. E aí está, e agora têm um bebê. Isso é incrível. Mas está vendo? Essa é a questão. Nós absorvemos nossa cidade, nosso mundo, num ritmo em que você de fato consegue interagir com outros seres humanos. Isso cria um maior valor para sua comunidade. E isso, novamente, tem reflexos. Então isso é adorável. Obrigada por isso. Eu não sabia.
Peter: Essa é uma ótima história. E quanto a ciclovias em Los Angeles, e compartilhamento de vias com bicicletas, Stana? Isso está aparecendo em LA, como tem acontecido com outras cidades americanas, como Nova York e Boston?
Stana: Nova York é fantástica com bicicletas. Los Angeles está correndo atrás do tempo perdido agora. O Alternative Travel Project não é exclusivo de Los Angeles, ele é uma iniciativa global, e por isso que temos respostas de gente na França, Arábia Saudita, Egito, Bélgica, e muito mais - e por todas as Américas. Mas em Los Angeles, especificamente, nós temos a incrível oportunidade de encorajar essa escolha de estilo de vida pois temos acesso a essa enorme fonte de mídia, que é o cinema, televisão e tal. Se tivermos roteiristas da TV escrevendo sobre o metrô, talvez suas histórias sejam sobre esse estilo de vida, e talvez influencie o modo como as pessoas decidirão fazer as coisas no futuro. Eu viajava pela Mongólia um tempo atrás, e eu não conseguia ir de um lado de Ulan Bator ao outro, porque o trânsito era horrível. E vi uma ambulância que precisava chegar ao outro lado da cidade mas que não conseguia. Achei isso interessante, pois ali estava uma cidade em expansão, crescendo a uma velocidade a qual a infraestrutura não aguentava, e precisando de alguém que viesse e criasse uma oportunidade que fosse sustentável, para que as pessoas pudessem ir de um lado ao outro do que será uma cidade próspera. Isso requer alguém pensando num sistema público de transporte, para que a cidade pudesse continuar a seguir seu caminho. Acho que os contadores de história em Los Angeles criam essa história de que, para ter uma vida de sucesso, é preciso ter um carrão de luxo. Mas talvez também possamos contar que é maravilhoso interagir com a comunidade, e que isso acaba sendo uma vida maravilhosa e de sucesso, isso acaba sendo um luxo. Interagir com a comunidade, conhecer pessoas, curtir o espaço e a cidade em que se vive, sem adicionar à poluição, e talvez até vivendo de um modo mais saudável. Isso pode ser um tipo de história que exportemos dessa área de filme e televisão.
Peter: Maravilhoso. E quanto a carona? Isso entra na estratégia de vocês aqui? Pois olho para veículos grandes em várias cidades, e eles são totalmente vazios.
Stana: É, são sim. Por ora, focamos em modos de transporte que não sejam movidos a benzeno. Então nos focamos em bicicleta, andar à pé. Incentivamos também o transporte público, como metrô e, claro, ônibus e tal. As pessoas nos mandam vídeos usando um caiaque para ir ao trabalho. Uma garota foi de caiaque de um lado ao outro de um lago em Michigan, se não me engano, para ir ao trabalho. Há ótimas oportunidades fora o uso de carro. Acho que, no final das contas, essas ideias são uma maneira melhor de dizer, "Saia da bolha de eu carro".
Peter: Vamos mudar o assunto um pouco. Mencionei "Castle", e seria legal falar um pouquinho, nesses minutos que nos restam, sobre a série que a fez tão famosa. Lembre-se apenas que os espectadores do Reino Unido estão ligeiramente atrasados em relação aos EUA. Sei que os fãs estão a par das tramas mais recentes, e a principal delas com a sua personagem é um dilema moderno: amor, casamento e carreira.
Stana: Certo.
Peter: E se é possível ter tudo. Essa história foi difícil para você abordar?
Stana: Os roteiristas usaram isso recentemente... Nos EUA, já começamos a 6ª temporada. Olá, Reino Unido. Obrigada. Fico feliz em poder conversar com todos aí. Mas os roteiristas usaram isso como um conflito para a personagem, e achei isso muito interessante, pois acredito que seja algo com o qual muitas mulheres modernas precisam lidar. E vejo algumas mulheres encarando isso com muito sucesso. Por exemplo, no meu meio, há atrizes incríveis que conseguiram ter carreiras fenomenais e também manter um vida caseira linda. Um dos melhores exemplos, é claro, é Meryl Streep, que tem essa vida familiar maravilhosa. É claro que nós apenas a vemos externamente, mas ela é casada com esse cavalheiro há muito tempo e teve filhos com eles, e ganhou Oscars enquanto teve esses filhos e sendo casada, passando por todos os altos e baixos desse mundo. Acho que isso é possível. Não é preciso abrir mão de um lado para ter o outro. Então acho que, o que foi proposto, é algo que muitas mulheres encaram, mas eventualmente encontram uma solução. Então é empolgante saber que é possível ter uma vida familiar e uma relacionamento amoroso, gentil e compreensivo, tendo uma carreira satisfatória ao mesmo tempo.
Peter: É importante para você, como atriz, ter essas histórias desafiadoras, e não superficiais - que realmente causam um impacto nas pessoas na vida real?
Stana: Eu nunca quis ser didática. Para mim, não é esse o caminho. Mas gosto de coisas nas quais posso me jogar e acreditar. Eu preciso acreditar nela. E essa história vem sendo desenrolada há muito tempo. Sempre dissemos que ela é forte e comprometida com a justiça. E pareceria estranho que uma pessoa que se define tanto por esses elementos, repentinamente abrisse mão de tudo e virasse a ingênua. Não me parecia certo para a personagem. Então quando eles propuseram isso, fez sentido. É um conflito real, e acho que isso é importante. Mas o mais importante, como atriz, acho que é ter um conflito, e ter um personagem com defeitos, e, talvez, não ter tudo sempre tão preto no branco, mas estar um pouco na área cinzenta, e ser humano por um tempo. Acho que personagens assim são os mais interessantes para se interpretar.
Peter: Stana...
Stana: Posso dizer que eu adoraria...
Peter: Claro, por favor.
Stana: Eu adoraria trabalhar no teatro na Inglaterra. Sei que isso saiu totalmente do nada. Mas há séculos que converso com uns amigos e digo que adoraria ir à Inglaterra e fazer teatro.
Rhod: Algum agente ouvindo?
Stana: Seria péssimo. Eu ia me sentir uma oferecida.
Rhod: Por favor, entrem em contato.
Stana: [Risos]
Rhod: Obrigado, Stana. Foi adorável.
Stana: Obrigada, rapazes.
Rhod: Tchau, tchau. Obrigado, Peter.
Peter: Obrigado, Rhod.
Rhod: Mais uma vez, Stana Katic quer fazer teatro na Inglaterra. Kevin Spacey, está ouvido?

Ouça a entrevista que Stana deu para o programa The Morning Jolt, na 2ª feira, quando ainda estava em Nova York (agora com a transcrição completa abaixo).
Obrigada ao @LewisInNC por postá-la!

Locutor: Stana Katic acabou de chegar, e enquanto a música terminava, ele mencionou que estava abraçando animais selvagens. Como assim?
Stana: Eu estava fazendo um programa de entrevistas esta manhã, e um dos convidados levou animais selvagens ao set. Então eles me deixaram seguram e alimentar um guepardo, e brincar com um binturong e um pinguim...
Locutor: Você é louca! Você teve medo?
Stana: Não, nem um pouco. Eram todos filhotes - com exceção do pinguim. E...
Locutor: Nossa.
Stana: Eles são tão lindos.
Locutor: Mesmo?
Stana: E estão em extinção, principalmente o guepardo que estava lá. Então foi uma honra poder brincar com eles.
Locutor: Nem consigo imaginar a emoção que deve ter sido, mas eu sou medroso. Ia fica pensando, "Não me morda!" [Risos]
Stana: [Risos]
Locutor: "Não me morda! Por favor, não me machuque!"
Stana: A vaca é que estava mais interessada no leite que eu tinha em mãos do que o...
Locutor: Uau. Isso é legal.
Stana: É, uma grande honra.
Locutor: É em momentos assim que você percebe que tem uma boa vida, não é?
Stana: É. Com certeza.
Locutor: Que o trabalho que você faz leva a coisas legais.
Stana: A experiências extraordinárias, sim. Tenho muita sorte. E é bom ser lembrada disso, com certeza.
Locutor: Isso é muito legal. É muito bom tê-la aqui. É um prazer conhecê-la.
Stana: Obrigada.
Locutor: Stana Katic. É claro que vocês a conhecem de "Castle", da ABC. Nós adoramos. Diga a Nathan Fillion que o amamos.
Stana: [Risos]
Locutor: Desculpe. Precisava desabafar isso.
Stana: [Gargalhada]
Locutor: O Joey, de "One Live To Live". Como vai, Nathan?
Stana: [Risos] Um fã!
Locutor: Stana também está num novo filme intrigante e bem ousado, "CBGB".
Stana: É.
Locutor: Você interpreta Genya Ravan.
Stana: Sim!
Locutor: Que loucura!
Stana: É, obrigada. É.
Locutor: Que loucura. Ela era doidinha.
Stana: Ela é incrível. Ela...
Locutor: Que personagem!
Stana: Eu pude conhecê-la. E ela...
Locutor: Foi?
Stana: É, e ela ainda...
Locutor: Falando em ter medo, acho que eu ficaria mais à vontade segurando um guepardo do que conhecendo Genya Ravan.
Stana: É mesmo?
Locutor: É, porque naquela época, todo mundo ia vê-la no CBGB.
Stana: É. Conte-me sobre isso.
Locutor: Sou novaiorquino. Então o CBGB é uma grande parte da minha vida, enquanto crescia. E ela era uma dessas artistas que eram meio perigosas no palco.
Stana: Era.
Locutor: De um modo que... Como adulto, posso dizer que foi importante. Mas como adolescente entrando de fininho nesses clubes, eu morria de medo.
Stana: Tá, eu entrei de fininho no CBGB também.
Locutor: É mesmo?
Stana: Foi.
Locutor: Meu Deus! Quem você foi ver?
Stana: Escuta, eu tinha 17 anos. Eu não sabia nada de nada. Era minha primeira vez em Nova York. Eu estudava em Boston, e eu e minha colega de quarto fomos convidadas por um grupo de novaiorquinos que estudavam com a gente. Eles falaram, "Venham com a gente." Eles nos levaram pela cidade, e disseram, "Vamos a um clube e, com sorte, entraremos, é um lugar de música incrível." Eu não fazia ideia de nada na época. Era minha primeira vez em Nova York, eu não tinha ideia do que era CBGB, e de que era uma meca história da música. Só me lembro que havia uma banda de punk rock ótima tocando no fundo do clube, e me lembro de todos me dizendo para não usar o banheiro.
Locutor: [Gargalhada] Eles estavam certos.
Stana: Pois é.
Locutor: Era imundo.
Stana: Eu me lembro de estar muito feliz de ter entrado, porque fiquei séculos falsificando meu passaporte para conseguir...
Locutor: Mas você é alta.
Stana: Sou.
Locutor: Isso, instantaneamente... Você é alta e bonita. É claro que iria entrar.
Stana: Gentileza sua. Obrigada.
Locutor: É verdade, é verdade. Sou novaiorquino. Eu entrava em clubes ilegalmente desde os 14 anos. A altura era só... Altura era o ingresso.
Stana: É.
Locutor: Ou você tinha de ser alto, ou uma garota bonita, ou parecer ser gay. Eu tinha 2 dos 3. Eu era alto e parecia ser gay. Realmente... Como foi? Você lembra como foi estar lá? Você estava com medo?
Stana: Não.
Locutor: Porque o lugar era mínimo.
Stana: Era pequeno, e lembro que estávamos muito perto da banda, olhando para trás, para o bar. Não sei se na época... Acho que, agora que fizemos o filme, acho que Hilly Kristal devia estar lá. Mas não sei.
Locutor: Ele estava sempre lá.
Stana: É?
Locutor: Sempre lá. Então provavelmente estava.
Stana: Quando fizemos o filme, eles levaram o bar para Savannah, que é onde gravamos a maior parte do filme. Depois eles gravaram algumas cenas externas em Nova York. Mas eles levaram a maior parte do bar para lá, então gravávamos com as pichações e adesivos da época. Foi muito bacana.
Locutor: Isso é muito, muito legal. É engraçado, porque o CBGB Festival acontecerá aqui em Nova York nessa semana, então se estiver em Nova York, dê uma conferida. Mas o filme "CBGB" começará o que chamam de lançamento gradual na 6ª feira. Tive a oportunidade de assisti-lo, e ele é notável.
Stana: Obrigada.
Locutor: Realmente notável. E, dolorosamente, recria a experiência. Como alguém que esteve lá - e fui muito ao CB na minha época -, foi muito empolgante ver o filme.
Stana: Devo dizer que havia várias pessoas que, ou contaram as histórias, ou eram uma grande parte do clube, que estiveram nas gravações e mostraram fotos antigas do clube, que eles haviam escondido em cofres, nunca haviam sido liberadas, porque haviam prometido às pessoas nelas que elas nunca seriam liberadas.
Locutor: Claro, pois havia muito... O CBGB era um dos clubes - e há poucos assim em Nova York - em que as coisas que... O que acontecia no Studio 54? Pff... Amadores!
Stana: [Risos]
Locutor: Amadores. A parada séria acontecia no CBGB, Pyramid, e alguns outros lugares. Era lá que... Era onde o espírito do rock'n'roll, o espírito da juventude, o espírito de Nova York vivia.
Stana: Era.
Locutor: Novamente, como um novaiorquinho, filho do rock, com 50 anos agora, ainda lamento por essa perda cada vez que passo por aquela vizinhança. O filme é quase como... Apesar de serem atores interpretando os papéis, é quase como uma cápsula do tempo.
Stana: É.
Locutor: É adorável. Então, como foi incorporar essa mulher louca, que, da sua própria maneira, deixou uma marca inalterável, não só naquele lugar, como também no rock'n'roll?
Stana: Me diverti muito a conhecendo e a interpretando. Na história, ela produz os Dead Boys. E ela tem um relacionamento maravilhoso com Hilly em nossa história. E, após conversar com ela, com Cheetah Chrome, e algumas das outras pessoas daquela época, como a filha de Hilly, por exemplo, passei a ter muito respeito por ela, e por todas as barreiras que ela derrubou. Quando conversei com ela, eu disse, "Nossa, você fez várias coisas que a Madonna eventualmente fez." E a lista segue depois da Madonna.
Locutor: Claro.
Stana: E ela disse, "É, alguém tinha que abrir as portas para que essas garotas pudessem passar depois." Foi muito empolgante para mim, primeiramente, fazer uma personagem que teve tanta influência e foi parte da ascensão do CBGB, mas também ter contado a história da líder da primeira banda de rock feminina. Achei isso muito impressionante e legal.
Locutor: Ela foi uma figura revolucionária. E é engraçado, porque ela fez o mesmo caminho que uma das minhas heroínas, Patti Smith.
Stana: Foi.
Locutor: E sempre senti como se Genya fosse... Fosse a equivalente mais pés no chão da Patti. Para mim, Patti é tão linda, e o que a faz linda é que ela é uma poetisa que não é tão esclarecida quanto ela acha que é. O que é a beleza dela. Sempre achei que Genya fosse pragmática em suas inovações. Ela sabia o que fazia, não acha?
Stana: Ela é muito...
Locutor: Muito ciente.
Stana: Prática, com certeza.
Locutor: É.
Stana: Definitivamente.
Locutor: Como essa personagem se encaixa no cenário do que você pode fazer como atriz, até agora?
Stana: Sabe, ser parte de um filme que é mais uma história do rock, acho que foi uma oportunidade de dar uma sacudida nas coisas. O que foi legal. Foi legal entrar num mundo onde vale tudo, que é o que aquele mundo era. E fazer parte dele, da maneira que fosse, era importante para mim. Quando soube que o filme ia sair, eu disse, "Por favor, eu quero ser... uma pequena parte dele, pelo menos." Foi maravilhoso poder trabalhar com Alan Rickman e todos os outros, pois tem um elenco maravilhoso...
Locutor: Claro. Você ficou nervosa? Porque esse é o tipo de filme que ou as pessoas amam, ou elas se esforçam muito para detonar e falar mal.
Stana: É.
Locutor: Principalmente quando vêem... Há...
Stana: Os heróis deles, é.
Locutor: É. Quero dizer. São pessoas que... Há muitas pessoas retratadas que ainda estão vivas. O CBGB virou terra santa para muita gente. Mas também, alguns dos atores que participam do filme são muito, muito talentosos, mas não têm uma imagem muito rock'n'roll. Você é uma boa atriz, mas imagino que tenha sido assustador para você. Deve ter sido assustador, no final das contas, pegar esse papel, pois algumas pessoas iriam dizer, "Aquela garota de 'Castle' está nesse filme. Sério mesmo?"
Stana: [Risos]
Locutor: Você sabe como as pessoas podem ser. Sabe como elas podem ser más.
Stana: [Risos]
Locutor: E julgam antes mesmo de terem a oportunidade de vê-la. Você ficou nervosa?
Stana: Acho que estava mais nervosa em interpretar alguém que, eventualmente, assistiria o filme. Fiquei nervosa com isso.
Locutor: Tenho certeza de que ela amou.
Stana: Acho que sim. Espero que sim. E também estava animada, mas ansiosa, para trabalhar com Alan Rickman. Mas acho que ele... Não pudemos nos aprofundar muito no grupo de ninguém, pois a história é sobre Hilly e o clube, e como o clube tornou-se o que era. Então ele é mais uma homenagem, de muitas maneiras. É mais sobre o espírito que levou àquele incrível acidente. Pois ele nunca quis que fosse um clube de punk rock, é claro. Quase todo mundo aqui em Nova York sabe disso. Mas poucos sabem disso no resto do planeta. Então acho que há uma grande oportunidade, através desse filme, de apresentar esse clube e educar uma nova geração de pessoas que vestem camisa dos Ramones e não sabem o porquê.
Locutor: Eu sei, isso me deixa louco.
Stana: [Gargalhada]
Locutor: Você anda pelo shopping - eu moro perto de um -, e você vê pessoas de 15 anos de idade usando camisas de punk rock, e você pensa que, por um lado, é incrível.
Stana: É.
Locutor: Mas por outro lado, você já ouviu a banda que está vestindo?
Stana: Exatamente.
Locutor: E isso me deixa louco. Então quando vi esse...
Stana: Você ouviu todas essas bandas? Tipo, pode me contar uma experiência?
Locutor: É!
Stana: Porque, como fã do estilo, eu quero saber disso.
Locutor: Comecei a ir ao CBGB com... 16 anos. E foi nos anos 70. E lembro-me de ver a banda Television lá.
Stana: Como foi isso?
Locutor: Foi realmente estranho.
Stana: É?
Locutor: Foi muito estranho. Foi um momento de experimentação para mim, pois eu era uma criança do pop. Fui criado no Bronx ouvindo a rádio WABC, que tocava pop chiclete. E cheguei a um estágio em que eu queria saber o que mais existia no mundo. Comecei a ler revistas e tal. Eu apenas... me rebelei e fui até lá sozinho, porque não tinha amigos que curtissem essas coisas.
Stana: Certo.
Locutor: Fui sozinho, era adolescente, então entrei ilegalmente. E fui puro acidente. Eu não planejei. Eu não sabia quem iria tocar. Só pensei em dar umas voltas e ver o que tava rolando. E lá estavam eles. Eu não entendia completamente na época, para ser sincero. Mas sentia como se precisasse decorar cada momento. Lembro que era escuro. Lembro de estar nervoso naquele aposento, pois parecia que o lugar se movia, quase como se as paredes não conseguissem conter...
Stana: A música.
Locutor: A música. Pois ela era altíssima, e o sistema de som era horrível.
Stana: [Risos]
Locutor: Mas por isso que o CBGB era tão legal! O sistema de som era horrível. Era muito mais pelo espírito, pela energia, a intensidade. Lembro de beber cerveja sendo menor de idade, e ser meio que empurrado na multidão. Foi bem incrível. Mas nunca vi os Ramones lá. Mas vi a Blondie, bem no começo.
Stana: Como foi isso?
Locutor: Isso foi muito legal. Disso eu lembro perfeitamente bem. Debbie Harry esta meio... Ela estava meio bêbada, meio que, "Estou aqui". Ela apenas cantou, nem se mexeu, porque acho que ela estava de mau humor.
Stana: Certo.
Locutor: Mas a plateia a motivou, e no final, ela já estava animada. Mas quando subiu no palco, foi meio que, "Que merda vocês querem de mim?"
Stana: [Risos]
Locutor: Foi bem assim. Fui [ao CBGB] inúmeras vezes. Então, ver o filme foi bem... Vou ser sincero, eu estava meio... Prove a que veio. E provou.
Stana: Obrigada.
Locutor: Parabéns. As apresentações... Sou um grande fã de Genya Ravan. A maioria das pessoas ouvindo deve estar se perguntando quem é Genya Ravan. Vocês precisam usar o Google. Aprendam sobre um grande nome do rock'n'roll.
Stana: Ela tem uma voz rouca incrível.
Locutor: É bem assim... Sabe?
Stana: Bem tipo Blues.
Locutor: É. Vendo você nesse filme me deixou bem animado. Pois sempre pensei que você fosse uma mulher bem talentosa, mas isso me fez pensa, "O que mais ela pode fazer?" Foi quase como se... Stana Katic está aqui conosco, e ao vê-la, pensei que era como uma jogadora de pôquer.
Stana: Está bem! [Gargalhada]
Locutor: E você joga sua mão com destreza. Estou animado para ver qual será sua próxima carta.
Stana: Obrigada.
Locutor: Essa é só a ponta do icebergue, não é?
Stana: Obrigada. [Risos]
Locutor: Olhe para você. Estou fazendo-a corar?
Stana: [Risos]
Locutor: Acho que estou fazendo-a corar! Você é tão fofa! Você é tímida? Você se consideraria tímida?
Stana: Não sei, talvez? [Risos]
Locutor: [Gargalhada] Você faz a Genya Ravan! Fala sério!
Stana: [Risos] É. E ela é ousada e atrevida. É incrível.
Locutor: Como foi... Você é muito gentil em sua maneira de falar, e é muito elegante. Como foi deixar isso de lado e entrar nessa mulher que, de certo modo, era quase como um homem. Ela tem uma energia masculina fortíssima.
Stana: É, ela é destemida. É empolgante, pois acho que havia elementos dessa personagem, e de Genya como pessoa, que acho que muitas garotas iriam se beneficiar. É impenitente. E gosto muito disso.
Locutor: O que foi... Quero dizer... O que você tirou dessa experiência, e que levará consigo e poderá influenciar outros trabalhos?
Stana: Esse é o tipo de filme no qual você pode incorporar outra pessoa. O modo como ela se mexia, e como ela falava, e como as coisas caem nela... é maravilhosamente livre, como se fosse a deusa da mãe natureza. E é destemido. Esses elementos... Disse isso há um segundo atrás, mas esses elementos são importantes. Como garotas, nos ensinaram a pedir desculpas o tempo todo. Você entra por uma porta e automaticamente diz, "Desculpa. Sinto muito. Pisei em você? Me desculpa, eu respirei? Me desculpa!" Sabe? E eu meio que gostei de trabalhar numa personagem que nunca pedia desculpas. Até mesmo li o livro dela depois, e ele é... tudo. Está tudo lá. E não se desculpa por nada. Ele é desgastado, e acho que há uma beleza em histórias incontritas. Adoro gente assim. São elas que, no final das contas, terão algumas cicatrizes que mereceram, e viveram suas vidas.
Locutor: Quer saber? Estou muito feliz em tê-la conhecido hoje. Como disse, já era fã do seu trabalho, mas fico ainda mais animado com o momento... Pois sinto que você está começando a mostrar algumas de suas camadas para nós. Mal posso esperar para ver o que você fará a seguir. Tem algo planejado sobre o qual possa nos contar?
Stana: Não no momento. Estamos no meios da temporada de "Castle", então isso me ocupa até o fim de março ou começo de abril.
Locutor: E como é isso? Ainda se diverte? É uma série tão divertida.
Stana: É ótimo. É... diferente. É muito leve, sabe? Os personagens estão noivos agora, então estamos passando por toda essas complexidades de ter duas pessoas noivas, com outras pessoas cheias de opiniões fortes ao seu redor.
Locutor: Mal posso esperar para seu próximo papel.
Stana: Obrigada.
Locutor: Porque quando as pessoas virem "CBGB", muitas mudarão de ideia.
Stana: Obrigada. [Risos]
Locutor: Não que elas precisem. Você me entendeu. Acho que quando a vemos em algo como "Castle", vemos uma protagonista, o que é maravilhoso. Mas você é... uma atriz de personagens secretos. É empolgante.
Stana: Obrigada.
Locutor: Obrigado por vir hoje.
Stana: Obrigada por me receber.
Locutor: Foi muito bom vê-la. Assistam Stana Katic em "CBGB", em exibição à partir de 6ª feira. E sempre digo que, em filmes que estreiam gradualmente assim, se não está passando na sua cidade, comece a pedir por ele, pois gerentes de cinemas prestam atenção a esse tipo de coisa. Fale, "Tem esse filme, 'CBGB', que tem um ótimo elenco. Quero vê-lo." Há chances de que ele passe-o. Fiquem por aí, que há mais por vir em "The Jolt".

Áudio: Entrevista à rádio Classic Hits

Stana concedeu uma entrevista na semana passada ao programa da rádio neozelandeza Classic Hits, "Jase, Stace & Justin Podcast", em que ela falou um pouquinho sobre a 6ª temporada de "Castle".
A versão "oficial" está com um áudio melhor, mas cortou um trechinho do começo da entrevista. Você pode ouvi-la aqui. A versão abaixo está completa, mas com o áudio meio ruim...

Locutores: "Falamos com Stana Katic, de "Castle", e preguntamos a ela 3 coisas que ela conhece sobre a Nova Zelândia."
Stana: "A Haka; adoro a Haka. All Blacks, time incrível [de rugby]..."
Locutores: "Colocarei Haka e All Blacks como um só item. É uma coisa só."
Stana: "Maori. Posso falar de Maori sem incluir a Haka?"
Locutores: "É claro."
Stana: "E... Ovelhas."
Locutores: "Graças a Deus você deixou as ovelhas por último. Isso é muito bom."
[risos]
Locutores: "Confiram o resto da entrevista a seguir, quando falaremos de amor e assassinato."
[...]
Locutores: "Hoje à noite, no TV1, passará um programa chamado 'Castle' às 21h25, e uma de suas estrelas é Stana Katic, que interpreta Beckett. Stana, é incrível tê-la em nosso programa."
Stana: "É ótimo estar com vocês, do outro lado do planeta. É legal."
Locutores: "Você tem um nome lindo. De onde é? Ele deve ser de outra parte do planeta, também."
Stana: "Sim, meus pais são da Europa, da antiga Iugoslávia. Me deram o nome de minha avó."
Locutores: "Você nasceu nos EUA ou na Iugoslávia?"
Stana: "Eu nasci no Canadá. Para complicar ainda mais."
Locutores: "É como as Nações Unidas numa só entrevista, nesse instante."
[risos]
Locutores: "Vendo sua lista de premiações, você esteve entre as Mulheres Mais Sexies da TV em todos os anos, desde 2009, sendo a vencedora alguns anos atrás; além de ter ganho como Melhor Protagonista da TV, Melhor Relacionamento da TV, Melhor Beijo da TV, e uma das melhores histórias de amor da última década."
Stana: "Eu nem sabia desses prêmios. Nossa. Obrigada. Isso é muito especial."
Locutores: "Nós tivemos muito a ver com isso, então de nada."
Stana: "Sabe, eu me olho no espelho e só penso, 'escove os dentes e vá para o trabalho logo'. É só o que penso nas manhãs."
Locutores: "Mas no seu perfil no Twitter diz que você já esteve envolvida em atividades ilegais. O que você fez?"
Stana: "É, eu sei. Não posso falar sobre isso."
Locutores: "Teríamos que colocar Kate Beckett no caso."
Stana: É, teríamos que colocar Kate Beckett no caso. Exatamente."
Locutores: "Falando em Beckett e Castle, sua personagem entrou para a polícia após sua mãe ser assassinada. Como atuar com algo assim? Você falou com pessoas que lidaram com um trauma? Como fazer isso?"
Stana: "Bem... Eu tive a oportunidade de andar com uma divisão da polícia de Nova York quando gravamos o piloto. Conheci algumas pessoas da NYPD e suas histórias pessoais. Mas acho que qualquer um no mundo conhece o sentimento de perda, e como isso pode afetar a história de sua vida."
Locutores: "No começo, você achava que Castle era irritante. O que tem de tão irritante nele? Ele é um cara legal!"
Stana: "É, ele é um cara legal mesmo, e acho que ela aprendeu isso mais do que nunca ao longo dessa última temporada. Mas ela estava muito incomodada em ter de ficar de babá dele."
Locutores: "Mas finalmente, finalmente, vocês ficaram juntos!"
Stana: "E ambos ficaram felizes com isso, já que não foi um acidente, não foi um disfarce. Eles estão nessa pra valer, o que é ótimo. Foi muito divertido filmar essa temporada, e explorar essa parte do relacionamento deles - o que deu aberturas a novas histórias."
Locutores: "Castle vai ar hoje, e ainda passará por um incidente com o assassino da mãe de Beckett, e uma enorme questão que Beckett precisará responder. Podemos perguntar discretamente, 'ela diz sim ou não?'"
Stana: "[risos] Não posso dizer, cara..."
Locutores: "Qual é, Stana!"
Stana: "Não posso dizer! Mas a resposta que ela dá é perfeita para a série, então..."
[risos]
Stana: "Não posso dizer."
Locutores: "Ela é uma política. Ela é uma diplomata."

Crédito à Kate por ter gravado a entrevista.

Stana manda recado a fãs

Para quem não conhece, o Stana Talk Radio é um podcast semanal feitos por fãs e que vai ao ar às terças-feiras, falando do último episódio de "Castle" e das últimas notícias sobre a Stana. Ele é bastante interativo, permitindo aos fãs que liguem por telefone ou Skype para participar do debate dos episódios. E, para a surpresa de todos, Stana ligou no programa de hoje para agradecer ao apoio do STR e aos fãs. Ouça o programa aqui, ou baixe no iTunes aqui (a Stana falando começa aproximadamente aos 36min12).
Veja a transcrição do que ela disse:

Olá, aqui é a Stana ligando. Eu não tenho muito tempo, já me chamaram [para gravar uma cena]. Estou no set, mas eu queria ligar para vocês e agradecer por todo o amor e apoio que me deram ao longo dos anos. Eu sempre me impressiono com os maravilhosos atos de generosidade. [há algum tipo de interferência nesse trecho, e as meninas começam a falar alguma coisa] Eu só queria agradecer a vocês, e agradecer a todos que participaram e mostraram seu carinho por mim, pelos meus projetos, e que criaram uma comunidade interessante de pessoas. Então, vou indo. Vou voltar ao trabalho, mas mando muito amor a todos vocês. Muito obrigada. [A menina agradece a ligação] Tenham uma ótima noite. Tchau, tchau.