A atriz Stana Katic, mais conhecida com a detetive Kate Beckett de "Castle", fala do estranho mundo do artista de L.A. Alex Gross, a voz rebelde de King Krule, e das alegrias de viver numa yurt na Mongólia.
Nascida no Canadá, Stana Katic apareceu, no começo de sua carreira televisiva, no drama de ficção "Heroes" e interpretou a informante Collette Stenger na quinta temporada de "24". Ela conseguiu um papel no filme de 2007 "Banquete do Amor" ("Feast Of Love"), antes de interpretar Corinne Veneau no filme do 007 de 2008, "Quantum Of Solace". Um ano mais tarde, ela ganhou o papel que a mais deixou famosa: a detetive da NYPD Kate Beckett, no drama criminal da ABC "Castle". Katic ainda lançou sua própria produtora, a Sine Timore Productions, e fundou o The Alternative Travel Project, que encoraja as pessoas a saírem sem carro por um dia. Após estrelar em seu filme de 2011 "For Lovers Only", Katic trabalhou novamente com o diretor Michael Polish para interpretar a poetisa Lenore Kandel em "Big Sur", que estreou no festival Sundance de 2013.
Filme: "August: Osage County"
Recentemente assisti esse filme, com Meryl Streep, Julia Roberts e Benedict Cumberbatch, e dirigido por John Wells. Ele fala de uma família que vive numa zona de indefinição moral, e da dinâmica dela. Ele começou como uma peça, e é incrível de se assistir - tenho certeza de que será concorrente ao Oscar. Eles têm os melhores atores trabalhando nesse filme, e foi um prazer assisti-lo. Não há um tipo único de filme que eu goste de assistir: adoro "Trovão Tropical" ("Tropic Thunder") e o primeiro filme de Austin Powers ["Austin Powers - Um Agente Nada Discreto"], mas também "O Poderoso Chefão", partes I e II ("The Godfather"), "Sangue Negro" ("There Will Be Blood"), filmes do Wes Anderson... e agora esse.
Arte: Alex Gross
Alex Gross é um artista de L.A. que tornou-se um amigo. O trabalho dele é muito atraente. É sempre um pouco assombroso, com um pouco de capricho e humor, mas com um algo a mais. Um amigo meu em "Castle" me apresentou a sua arte, e então a ele. Seu trabalho parece um anúncio surreal, à vezes; são quase como pinturas históricas, mas com uma grande reviravolta. Ele tem pessoas-lagarto em suas pinturas, mas também tem gueixas e samurais. Ele meio que misturas mundos e realidades.
Livro: "O Mestre e Margarida" ("The Master and Margarita"), de Mikhail Bulgakov
Essa é uma história sobre a Rússia pós-revolucionária, quando todos deveriam ser ateístas. Ninguém acredita em Deus ou no diabo, mas o diabo chega à cidade, ele vai a Moscou, e cria um caos. Além dessa história, Bulgakov ainda conta a história de uma mulher e seu amante, e da jornada dela para salvá-lo. É um conto lindo, surreal, e bem contado - um dos meus preferidos. Tento ler o máximo o possível, e tenho sempre um livro em mãos.
Música: King Krule/Pearl Jam
Baixei a música "Easy Easy" e então, mais recentemente, "Foreign 2". Acho que ele tem uma voz de homem imprudente, que nos conecta àqueles momentos de rebelião interior, nos quais você só precisa se soltar um pouco. E também fui recentemente a um show do Pearl Jam no campus da USC (Universidade do Sul da Califórnia) e foi DIVERTIDO! Que voz incrível. Pearl Jam fez parte do meu crescimento. Na verdade, eu estava ansiosa por vê-los pela primeira vez ao vivo, porque investi tanto neles e não queria me decepcionar, e não me decepcionei. Eles não pararam - as luzes se acenderam na arena, e eles continuaram a cantar.
País: Mongólia
Fui à Mongólia com minha mãe e vivemos num yurt por quase 3 semanas. Fomos para o Norte por Khövsgöl, e também viajamos pelo deserto Gobi no sul. Bebemos todos os tipos de leite, desde iaque a camelo a cavalo, e vivenciamos as tradições locais - eles têm um festival anual chamado Naadam, no qual há demostrações de tiro com arco, lutas, equitação... Também participamos de uma cerimônia de corte de cabelo de uma criança (Daah' Urgeeh). Foi maravilhoso poder compartilhar essa experiência com alguém próximo a mim. A Mongólia ainda não fez uma transição total ao capitalismo, então algumas das experiências mais antigas e autênticas ainda estão disponíveis para as pessoas que viajam pelo campo.
Ópera: "Os Contos de Hoffmann" ("The Tales of Hoffmann")
Sempre que eu vou a um novo lugar, acabo assistindo a uma ópera lá. Acabou virando parte das viagens. Agora, sou frequentadora assídua da LA Opera House. Uma das minhas preferidas é "Os Contos de Hoffmann" ("The Tales of Hoffmann") - que vi e Praga. Há um dueto no qual duas mulheres cantam ("Belle nuit, ô nuit d'amour") que é absolutamente incrível, assim como a própria história. É sobre um homem em busca de redenção: ele não percebe que precisa dela [da redenção], mas no final, ele descobre que precisa sim. Foi uma linda performance no meio dessa cidade muito antiga... Me levou às lágrimas.