A atriz canadense Stana Katic acerta em cheio em "The Spirit," de Frank Miller
"Há um momento de suspensão quando você solta a flecha, e fica um silêncio por um milésimo de segundo até que ela acerte o alvo," diz a atriz Stana Katic sobre sua antiga obsessão com tiro com arco. "Há aquele momento no qual você segura a respiração enquanto a flecha voa pelo ar. É incrível." É impossível não traçar comparações com Ártemis, a deusa grega da caça, quando ouvimos a bela mulher falando sobre tiro com arco. Mas se formos acreditar que Katic é remotamente parecida com suas personagens, sua queda por lançar flechas letais com um arco não parece tão estranha.
Culpe sua feição bem delineada, ou sua imponentes estatura de 1,75m, que deixa às sombras a maioria das protagonistas femininas de Hollywood (e masculinos também). Ou culpe sua habilidade de espiã de falar 4 idiomas e adaptar sua voz a quase qualquer sotaque. De qualquer modo, você nunca verá essa nativa de Hamilton, cuja família descende da costa da Dalmácia, assumindo o papel de donzela em apuros. Não importa a altura dos saltos que ela precise usar, a atriz tem um histórico de causar confusão como a femme fatale (uma informante corrupta trabalhando para terroristas em "24"), como a heroína com superpoderes (a agente da Mossad* em "Heroes") e como uma máquina de matar estilo Jason Bourne (a assassina em "Stiletto"). E sua carreira está prestes a decolar - e com força. "Meu diretor em 'Stiletto' me fez aprender como matar no estilo dos fuzileiros navais," diz Katic rindo. "Eles aprendem essas técnicas caso o combate seja corporal. Seus [uniformes] tem bolsos em todos os cantos, e alguns deles têm facas especiais. Aprendi essa técnica de matar fantástica na qual, em dois segundos, a pessoa está morta. Nunca pensei que aprenderia a fazer filé de um ser humano, mas foi incrível."
O próximo passo de Katic é como uma nêmesis de James Bond em "Quantum Of Solace," seguido por um papel de destaque como a policial Morgenstern na tão aguardada adaptação de Frank Miller "The Spirit". "O set parecia um hospício! Frank Miller é um gênio criativo incrível," elogia Katic. "Eu poderia me sentar lá e pergunta, 'Frank, de que cor você acha que Morgenstern começa no início do filme, e que cor ela passa a ter no final?' Ele é um verdadeiro artista, e não só um diretor técnico. Ele se sentará lá e dirá, 'Azul marinho... e então... um toque de rosa.' E todos dizem, 'Ah, entendi!'" Em janeiro, Katic interpretará outra policial na nova série de TV "Castle". A "dramédia", que Katic descreve como "uma mistura de 'A Gata e o Rato' com 'Bonequinha de Luxo,' acompanha uma tira (Katic) que descobre que um assassino em série está imitando os homicídios de uma série de livros de suspense. O autor aposentado dos livros acaba virando o parceiro improvável de Katic na luta contra o crime. E então começam as cenas de crime fascinantes e a tensão sexual. O único problema para a destemida atriz com tantos projetos ao mesmo tempo? "Eu não ainda não saltei de asa-delta, e isso é algo que eu queria muito fazer. Aparentemente, não tenho permissão legal de fazer isso por causa da série, mas assim que puder, saltarei. Há algo de maravilhoso, de novo, naquele momento de suspensão quando você está apenas voando." Agora, Katic está aproveitando os minutos finais de um momento ainda maior, um arco que começa no primeiro teste e termina, se você acertar na mosca, ao se tornar um nome de ponta em Hollywood. Pelo que parece, tudo está acertando o alvo.
*Instituto para Inteligência e Operações Especiais, o serviço secreto de Israel.