Stana Katic sabe que os fãs de "Castle" têm muito no que pensar quando a 6ª temporada da série retornar à ABC com novos episódios esta noite. Será que o Assassino Triplo realmente voltou? Quando os sinos de casamento irão tocar para nossa dupla preferida? Será que Castle e sua filha já crescida Alexis voltarão às boas? O que ela não sabe é a resposta dessas perguntas.

"Adoraria contar um pouco sobre isso ou aquilo, mas na maior parte das vezes, estou no escuro, junto com os espectadores!" ri Katic. Mas ela diz que confia nos roteiristas para que deixem os fãs e o elenco felizes e ansiosos a cada semana.

"Não espero nada menos," diz Katic enfaticamente. "Eles são contadores de histórias, e o conceito de complacência e mediocridade são inaceitáveis. Todos devem vir com tudo. E realmente vêm!"

Conversamos com Katic sobre suas opiniões sobre a 6ª temporada até agora:

 
Os roteiristas te contaram tudo sobre a reação da Beckett ao ouvir a música "We'll Meet Again" no pen drive da drª. Niemann [em 6.09 "Disciple"]? Porque Andrew Marlowe sugeriu que ela poderia ter mais significado para Beckett do que apenas o Tyson...
Não, mas adorei saber disso por você. Obrigada! [Risos]

Vocês tiveram a situação quase milagrosa - ainda mais hoje em dia - de manter quase todo o elenco de "Castle" desde o começo da série. Como é ter esses longos relacionamentos fora do set, em termos de como retratam os relacionamentos em cena?
É bem legal, na verdade. Todos têm desafios conforme os personagens progridem, e é legal ter um histórico de histórias juntos ao qual todos podemos nos apoiar, caso precisamos aprofundar as histórias, ou jogar algo de interessante e novo, acrescentando ao que já foi escrito. Acho que ter esse tempo todo trabalhando juntos só beneficia e melhora cada história.

Você gostou do modo e da velocidade com os quais Beckett e Castle se aproximaram e do fato de eles terem se tornado um casal, e então um casal público, não ter mudado quem esses personagens são fundamentalmente, tanto dentro e fora do trabalho?
Sabe, temos um modelo chamado "A Ceia dos Acusados" ("The Thin Man"), que é uma série de filmes muito divertida - filmes bem antigos. É uma referência bem velha, mas acho que é muito adequada para essa histórias de certos modos. Também usamos como referência "Jejum de Amor" ("His Girl Friday").
Todas essas referências são bem antigas, mas estamos sempre usando algo delas. E antes de mais nada, acho que a história não poderia continuar sem eles dois ficarem juntos naquele momento. Nós não conseguiríamos manter os fãs acreditando [neles separados] por muito mais tempo, pois os personagens já passaram por tanta coisa juntos.
Então acho maravilhoso e também importante que esses personagens mantenham suas personalidades mesmo estando juntos. Foi justo isso o que os aproximou. Então creio que fizeram um bom trabalho em manter esse balanço. E isso é difícil! Não é nada fácil. Há muitos personagens a mostrar; muitas histórias para se aproveitar. Então isso é algo bem difícil de equilibrar no dia-a-dia.

Essa temporada ainda permitiu que os espectadores conhecessem mais a fundo os personagens de Ryan (Seamus Dever) e Esposito (Jon Huertas), além de sua parcerias e relacionamentos pessoais - você também achou isso divertido de assistir e fazer parte?
Ah, com certeza! Tenho pedido por isso há algum tempo! Todos esses personagens são maravilhosos e os atores que os interpretam são realmente fantásticos. Por exemplo, recentemente vi Jon fazer um curta metragem com Tamala [Jones, que interpreta o interesse amoroso de Huertas em cena, a legista Lanie Parish] e eles estavam maravilhosos. Eles foram duas estrelas. Então é legal poder trabalhar com gente tão passional e comprometida com a arte de contar histórias. E cada um deles merece momentos para brilhar.

Uma das minhas partes preferidas da primeira metade da 6ª temporada foi quanto foi completa a transformação de Alexis de adolescente para mulher - e ver Molly Quinn retratando isso. Como foi, para você, vê-la crescer e evoluir nesse papel?
Acho que a personagem já é uma mulher, e acho que o relacionamento entre pai e filha é sempre algo sagrado e que sempre afeta as escolhas que a filha faz para seu futuro. E gostei do modo que os roteiristas navegaram por essa trajetória. Acho que é uma bela história.

Você gosta da sutileza com a qual o relacionamento entre Beckett e Alexis tem sido tratado conforme Beckett e Castle tornam-se mais próximos?
Conheci algumas pessoas no set que têm filhos e são divorciados, e que gostariam de ter um novo relacionamento, e isso é algo difícil - pois a pessoa que está entrando no relacionamento precisa ter respeito por uma relação que é muito mais profunda, que é entre pai e filho. Então acho que eles têm - espero que eles tenham - feito um bom trabalho em mostrar que a Beckett reconhece a importância desse relacionamento de pai e filha, e até mesmo da filha com a mãe, interpretada por Darby Stanchfield, uma das atrizes de "Scandal". Esse é um território ao qual não se pode invadir. E por que invadiria? A personagem de Molly é uma mulher maravilhosa. Ela tem um relacionamento sensacional com o pai, e acho que Beckett, no final das contas, é apenas uma amiga em potencial. Se a personagem de Molly precisar de algo, Kate poderá ser sua amiga.

Como vocês têm trabalhado juntos há 6 anos, os roteiristas são abertos às opiniões e motivações do atores sobre seus personagens?
Dando o crédito a Andrew Marlowe, ele é um showrunner maravilhoso. Eu realmente amo trabalhar com ele. E ele sempre deixa a porta aberta para diálogo. E isso é algo incomum na posição dele. Mas é ótimo, pois cada ator sente que tem um papel e opinião no processo criativo. Isso não significa que todas as sugestões que damos - como interrogar mímicos - seja acatada. Mas ao menos há um diálogo e uma oportunidade para isso, se preciso for.

Ouvi diversas coisas que são meio ameaçadoras - James Brolin está de volta como Jackson Hunt, no que parece ser uma história grande, e o senador Bracken com aquela observação de que deve um favor à Beckett ainda está pelos ares...
Não sei o que se passa com o senador Bracken - ou se algo se passa com o senador Bracken - mas James Brolin está de volta. Acabamos de encerrar essa história, e foi maravilhoso trabalhar com ele.

Os fãs de "Castle" são muito passionais sobre a série. O que você mais escuta quando encontra com eles?
Muitas pessoas encontraram uma mentora na personagem da Beckett - isso é algo que eu ouço muito, e isso é óbvio, já que interpreto a personagem. [Risos] Vejo que há muitas jovens que acharam a coragem para fazer algo que gostariam de fazer por causa da personagem da Beckett. E acho isso maravilhoso! É muito inspirador ouvir isso. É legal interpretar alguém que ajude outras pessoas a alcançarem seus objetivos, e a serem ousados e a sonharem.