Nesta 2ª feira "Castle" volta com seus episódios finais da temporada com o "grande presente" de uma viagem em flashbacks pelo túnel do tempo. Mas além desse episódio - e tendo em vista o que aconteceu no anterior, que deveria ir ao ar após - a estrada parece estar cheia de solavancos para Rick and Kate. O criador da série Andrew Marlowe falou com o TV Line sobre colocar o querido casal à prova, culminando num finale super secreto, no qual o relacionamento ou passará... ou será reprovado.
Que história você queria contar nesses últimos episódios que levam ao finale?
Os dois últimos episódios são sobre como Rick e Kate têm estado num relacionamento por cerca de um ano, e é nessa altura que as pessoas começam a se perguntar em que pé estão. Eles têm vividonessa bolha divertida, mas chega um momento no qual a vida real interfere e coisas externas forçam os personagens a se perguntarem aonde estão indo. Quando chegarmos em "The Human Factor" (que vai ao ar em 6 de maio), essas perguntas começaram a ser direcionadas a algumas complicações que virão no episódio final, que desafiam o relacionamento e que ambos deverão confrontar.
Com "The Squab And The Quail" indo ao ar antes da hora na semana passada, o que os espectadores perderam por não terem assistido "Still" antes?
Nada demais - e deixarei que eles descubram isso. Mas há alguns momentos importantes e sérios do relacionamento em "Still". Como você sabe, esse episódio foi acrescentado tardiamente, então tivemos uma perspectiva bem específica de como ele seria feito. E creio que no final das contas o resultado foi espetacular. É um grande presente para os fãs leais. Há alguns momentos nele que [os fãs] tem esperado bastante, e vão curtir.
Você tem problema se o chamarem de "episódio de clipe"?
Tenho. Certamente temos clipes nele, mas... Quando me dei conta de que só teríamos alguns dias para gravá-lo e que precisaríamos preenchê-lo com clipes, resolvi fazer o melhor episódio de clipe que a TV já viu, e acho que a equipe conseguiu isso. É um ótimo episódio, pois usamos os clipes para avançar na história. É uma ótima viagem no túnel do tempo, mas também temos coisas interessantes e de altos riscos rolando na história principal.
Voltando a "Squab" por um instante: para você, por que Kate hesitou em sua resposta quando Erik Vaughn perguntou sobre o status de seu relacionamento?
Acho que ela se tocou que [ela e Rick] nunca falaram sobre isso. Será que Castle acha que o relacionamento deles é sério? Ela acha? Para onde estão indo? Eles estão juntos há um ano e parecem estar se divertindo, mas... Esse é um cara que já foi casado duas vezes, ela já tem uma certa idade, e está pensando no futuro. Será que seu futuro o inclui? Será que isso faz parte dos planos dele?
É normal fazer essas perguntas a essa altura do campeonato. Não acho que mostre que há algo de errado no relacionamento de Castle e Beckett, mas acho que ela se pergunta o que virá a seguir - e conforme nos aproximamos do final da temporada, o próprio Castle irá se perguntar o que vem a seguir. Sendo homem, ele não corre para se comprometer se as coisas estão funcionando bem da maneira que estão. Mas Kate tem uma carreira, e precisa pensar em seus próximos passos. Quando um bilionário da Internet dá em cima de você... Se ela fosse solteira, acho que sabemos o que ela teria feito naquela situação. [Ela ter empurrado Vaughn] mostra seu comprometimento com Castle, mas também mostra que ela quer saber o que vem a seguir.
Além de cortar simbolicamente cordas de video games e oferecer massagens à luz de velas, veremos outros exemplos do Castle tentando se redimir?
Quando chegarmos em "The Human Factor", há outros assuntos que virão à tona para Beckett, assuntos profissionais, que começarão a complicar as coisas. Veremos mais disso no season finale, que é muito emotivo. Mas ao invés de entrar na mitologia da mãe da Beckett, como fizemos nas duas temporadas anteriores, faremos algo operacional, pois quero focar em Castle e Beckett. Teremos um ótimo caso, mas ele fica no banco de trás em comparação com as questões que podem alterar vidas nas quais eles estão envolvidos.
O ator convidado de "The Human Factor", Carlos Bernard (de "24"), assim como Ioan Gruffudd [que fez Erik Vaughn], não é um cara feio... Ele tem um papel semelhante ao de Vaughn?
Não, ele tem outro propósito. Ele é um personagem complicado, mas abre os olhos da Beckett para um mundo além.
Fale sobre o título do season finale, "Watershed" (que vai ao ar em 13 de maio).
Volta e meia na vida você se depara com um momento de divisor de águas, e dou o crédio à Terri [produtora e esposa] por esse título. Foi perfeito - principalmente porque o caso da semana começa com um corpo num tanque d'água. Foi um grande título que se relaciona tanto com o aspecto profissional, quanto o pessoal da história.
Você vai deixar os especatores com um gancho [ao final do episódio]?
Tem um pequeno gancho, sim. É um gancho emocional que acredito que nos dará histórias ótimas, complicadas e interessantes na 6ª temporada - presumindo que os deuses da TV nos concedam uma.
[A criadora de "Grey's Anatomy"] Shonda Rhimes não tem problema em admitir que decidiu os planos para o finale tardiamente e remodelou-o completamente. Quando ficou claro para você o modo como queria terminar a 5ª temporada?
Toda temporada você tem um grande mapa, mas é como dirigir pela névoa - quanto mais perto se está, mais claro fica. Então cerca de 7 ou 8 episódios faltando para o finale, eu sabia exatamente onde queria chegar. E parte disso surgiu de grandes histórias que tivemos no começo, lidando com Bracken, o two-parter [sobre o sequestro da Alexis] e o que fizemos em "Still". E eu queria um finale mais calmo, emocional, sem os fogos de artifício. Mas você muda de opinião várias vezes. Tivemos a srote de que [o finale] veio num momento em que os personagens começam a fazer perguntas difíceis sobre o relacionamento, e nele acontece algo inesperado com o qual ambos personagens terão de lidar, algo que seria um desafio a qualquer relacionamento. Ter essa clareza com 7 ou 8 episódios de antecedência ajudou muito, e estamos contentes com aonde chegamos.
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