Sabem como "Castle" consegue deixas alguns fãs do Nathan Fillion ainda mais felizes do que finalmente colocando seu personagem junto ao de Stana Katic na série? Indo meta e fazendo divertidas referências a seu velho projeto, um favorito entre os fãs, "Firefly". E é exatamente isso que a série faz (na verdade, um drinking game divertido para o episódio talvez seria contar as referências) em "The Final Frontier".
Não vamos mentir: no outro dia mesmo estávamos conversando com outro repórter de entretenimento sobre se "Firefly" seria ou não tão amado hoje em dia caso tivesse durado quatro ou cinco temporadas. Teria ele conseguido manter a qualidade da curta e icônica primeira temporada? Ou será que os poucos episódios que temos foram colocados num pedestal simplesmente por serem limitados? Não estávamos defendendo nenhuma instância; apenas fazendo uma pergunta geral, mas devemos confessar, "Castle" meio que respondeu a pergunta apenas com esse episódio.
A própria "Castle" é uma série que, se tivesse episódios abaixo da média, seria vista como sendo arrastada, ao invés de produzir um arco conciso que termina num ponto alto. Episódios como "The Final Frontier" a essa altura da série, entretanto, mostram que os roteiristas e produtores ainda tem uma grande paixão não só pelo seu próprio projeto, mas pelos seus fãs. Ao acenar a eles, e ao passado de Fillion, eles não estão sendo meta apenas para contar novas histórias, mas para ter uma diversão inofensiva - coisa que "Castle" faz de melhor.
"The Final Frontier" começa, aparentemente, dentro de outro programa, com personagens uniformizados guiando a espaçonave Nebula 9 para casa, apenas para as luzes acenderem no fim e a platéia aplaudir. Pois é, é tudo parte da experiência para os fãs de uma série que só durou uma curta temporada, 10 anos atrás (parece familiar?). Apenas quando os fãs desembarcam a nave para colocar de volta suas roupas da convenção é que eles encontram um acessório no set que na verdde é um cadáver.
Não demora muito para Beckett e Castle entrarem em cena. Ele já está na convenção, assinando cópias da sua nova novela gráfica (que ganha uma bela colocação de produto no episódio, devemos acrescentar), enquando ela... aparenta ser uma fã enrustida de Nebula 9. Sério, esperem pelo momento com a foto de flashback. Gente, Beckett fazia RPG (confira a foto mais sensacional da história da Beckett em nossa galeria).
A investigação os leva a fundo no famdom, quando descobrem que a morta não só era a líder do fã-clube de "Nebula 9", mas também a responsável por produzir novos webisódios do show após comprar os direitos do programa - e irritar alguns fãs puristas. As coisas dão uma reviravolta ainda maior quando o legista aponta que a causa da morte foi um laser de alta intensidade à queima roupa - a perfeita arma sci-fi para uma convenção sci-fi, o que naturalmente deixa Castle ainda mais empolgado.
Acessórios podem matar pessoas, principalmente em mãos erradas.
Ouvir Beckett e Castle discutindo se os fãs da série gostam de algo que merece ou não tanta devoção pode ser um pouco meta demais, levando em conta quão devotos são alguns fãs de "Castle". Mas em sua maioria, é de bom gosto o suficiente para não ofender ninguém, mas não deixou de nos dar nos nervos cada vez que ouvíamos os termos fãs "insanos", comparados com os "mega" fãs, ou, tipo, pessoas "normais". Uma sequência na qual Ryan (Seamus Dever) e Esposito (Jon Huertas) entrevistam frequentadores da convenção, enquanto ainda de fantasias completas, incluindo máscaras, não ajuda no argumento a favor da sanidade, mas dá uma montagem única do que normalmente seria um procedimento típico.
Qualquer gozação feita às custas ou com o fandom vale à pena no final das contas, quando Beckett faz um monólogo sobre o porquê de um fandom ser tão importante. Ela fala por experiência pessoal, é claro, mas podemos imaginar os tweets e Tumblrs que irão gritar "apoiada!" a ela na 2ª feira. Afinal, seu sentimento é compartilhado por todo o fandom - através de qualquer pessoa ou grupo que encontra um significado e uma metáfora superiores mesmo nas histórias mais simples e bobas. Você pode substituir programa e nome de personagem um pelo outro; são as sensação de poder e comunidade que são universais e que realmente importam.
"The Final Frontier" é tão cheio de referências divertidas a outros sucessos do gênero (como era de se esperar, levando em conta que Jonathan Frakes dirigiu o episódio) temos certeza que nem captamos todas. Ele também aumenta a impressionante lista de convidados especiais de "Castle": Armin Shimerman, Ed Quinn, Christina Moore, Erin Way e Chris McKenna. Mas sinceramente, a melhor parte do episódio é simplesmente ver um novo e nerd de um par e personagens quando a conveção trás à tona entusiasmo e conhecimento que você não esperaria deles.
E está bem, o fato que aqueles que acolhem seu fandom serem celebrado é bem legal, também.
Fonte: Examiner